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Paulo JoséPaulo José

Mulher diz que perdeu dinheiro após cair em golpe de Bitcoin organizado por três funcionários do Bradesco

Ela comprou criptomoedas em 2018, mas nunca recebeu acesso ao saldo e ou comprovantes da transação

Mulher diz que perdeu dinheiro após cair em golpe de Bitcoin organizado por três funcionários do Bradesco
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Uma investidora de Bitcoin relata que perdeu mais de R$ 14.000 ao participar de um negócio que tinha três funcionários do Bradesco como sócios. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, ela investiu em criptomoedas em 2018, mas o esquema chegou ao fim através de uma mensagem no WhatsApp.

Sem receber o dinheiro que deveria ser investido em Bitcoin, a vítima explica que nunca teve um comprovante do investimento em criptomoedas. No total, ela fez três depósitos bancários para a empresa de investimentos em Bitcoin que era mantida por quatro sócios.

No processo judicial a usuária conta que o negócio terminou após o anúncio de que o dinheiro investido foi perdido pelos sócios apontados como réus na ação. Sendo que três deles trabalham no Banco Bradesco, que não possui relação processual com o caso.

Três funcionários do Banco Bradesco ofereciam Bitcoin

O Bradesco foi procurado para falar sobre a ação que envolve os três funcionários da empresa. De acordo com o banco, “ele não é parte da ação judicial” e não comentará sobre o caso.

Com a promessa de rentabilidade em investimentos em Bitcoin, uma investidora de São Paulo - SP depositou R$ 12.000 para uma empresa mantida por três funcionários do Banco Bradesco.

Inicialmente, a usuária investiu R$ 10.000 que foram divididos dois depósitos bancários para a conta de um dos réus no dia 15 de maio de 2018. Além desse dinheiro, no dia 21 de junho daquele ano ela enviou mais R$ 2.000 através de uma transferência, totalizando R$ 14.000 investidos.

Em valores atualizados, a empresa de investimentos em Bitcoin dos três funcionários do Bradesco devem pagar R$ 14.608,42 para a proponente da ação. Ela fala que procurou a Justiça após enfrentar dificuldades em manter contato com os sócios.

As informações sobre os investimentos eram repassadas aos clientes através de um grupo de WhatsApp. A investidora que move o processo tentou receber o dinheiro de volta antes de procurar a Justiça.

“Durante certo período, o réu criou um grupo de Whattsapp para dar informações gerais aos demais aplicadores, porém, sempre que a requerente solicitava o resgate de seus rendimentos o requerido apresentava evasivas, até que por fim, em meados de agosto de 2018, o réu deixou de responder as mensagens ou atender as ligações telefônicas da requerente.”

Dinheiro de investidores foi perdido

Em 2019 o negócio de investimento em Bitcoin chegou ao fim com mensagens enviadas pelo WhatsApp. A investidora que move a ação judicial conta que durante meses ficou sem respostas sobre onde estava o dinheiro administrado pelo empresa.

Sem respostas conclusivas, ela fala que os sócios anunciaram que os investimentos foram perdidos. O anúncio sobre a perda do dinheiro foi publicado no grupo de clientes dos empresários por trás do golpe.

“Quase um ano após os referidos depósitos, e vários meses sem dar resposta à autora, o réu emitiu um último comunicado ao grupo dizendo que estava encerrando as atividades do grupo de aplicações e que seus investidores, inclusive a autora, teriam perdido todo seu dinheiro investido.”

A primeira decisão judicial sobre o caso pede que um dos sócios do negócio apresente “contas” sobre o investimento da mulher. O prazo para a apresentação das provas sobre o dinheiro que seria investido em Bitcoin é de quinze dias.

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