O crescimento do número de milionários no mundo - impulsionados pela disparidade de renda cada vez maior - acende um alerta em diversos países do mundo, já que esta parcela dos 1% mais ricos já controlam cerca de 44% de toda a riqueza global.

Para efeito de comparação, todos os países mais pobres e em desenvolvimento juntos compreendem 31% da riqueza do mundo.

Mas, para além dos impactos nas sociedades e na estrutura da sociedade capitalista, a geração de milhões de milionários também pode impactar na escassez do Bitcoin. 

O analista Willy Woo publicou uma thread no Twitter sobre o assunto, alertando que o número de milionários no planeta já é 10 vezes maior do que os Bitcoins (BTC) disponíveis para compra no mundo, e a entrada deles no mercado de BTC pode ter empurrado a moeda no último rali:

Woo considera os números da pesquisa de 2019 do Global Wealth Report, encomendado pela Credit Suisse. Com isso, o número de milionários do mundo pode levar a maior pressão sobre o suprimento da moeda, levando a nova disparada de preços.

Em 2020, os investidores institucionais também entraram em massa no mercado de Bitcoin, o que foi apontado como um dos motivos para o Bitcoin crescer consistentemente desde abril do mesmo ano, até as máximas históricas de dezembro.

Para além do grupo de 47 milhões de milionários do mundo, há também o seleto grupo de pouco mais de 2.000 bilionários do mundo, parte deles entusiasta do mercado de BTC, como o caso do agora segundo homem mais rico do mundo, Elon Musk.

Na mesma thread, Woo alerta para o crescimento de baleias de Bitcoin com endereços controlados por uma só pessoa, segundo dados da Glassnode, o que comprovaria que parte dos milionários está investindo em BTC:

Em outro vídeo da mesma thread ele explica que há dois tipos de grandes investidores adquirindo posições em Bitcoin, as grandes instituições por um lado e do outro parte dos milionários, que de uma só vez alocam milhões de dólares no mercado de Bitcoin, o que tem pressionado os preços da moeda e levando a novas máximas.

Se a tendência continuar, com mais adoção institucionais e grandes investidores migrando para o Bitcoin - além da provável desvalorização do dólar com o novo pacote emergencial de mais de US$ 1 trilhão - podemos ter um novo grande ciclo de alta em 2021.

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