O Bitcoin (BTC) formou um padrão de negociação em 8 de janeiro que é amplamente observado por analistas tradicionais por sua capacidade de antecipar perdas futuras.
No detalhe, a média móvel exponencial (MME) de 50 dias da criptomoeda caiu abaixo de sua MME de 200 dias, formando a chamada "cruz de morte". O padrão apareceu quando o Bitcoin passou por uma situação difícil nos dois meses anteriores, caindo mais de 40% de seu recorde de US$ 69 mil.
História da cruz da morte
Cruzes da morte anteriores foram insignificantes para o Bitcoin nos últimos dois anos. Por exemplo, um cruzamento de baixa da MME de 50-200 dias em março de 2020 apareceu depois que o preço do BTC caiu de quase US$ 9 mil para menos de US$ 4 mil, revelando-se mais atrasado do que preditivo.
Além disso, sua ocorrência fez pouco para evitar que o Bitcoin subisse para cerca de US$ 29 mil até o final de 2020, conforme mostrado no gráfico abaixo:
Da mesma forma, uma cruz da morte apareceu nos gráficos diários do Bitcoin em julho de 2021 que – como em março de 2020 – era mais lenta e menos preditiva. Sua ocorrência não levou a uma venda massiva. Em vez disso, o preço do BTC meramente se consolidou lateralmente antes de subir para US$ 69 mil em novembro de 2021.
Mas os cruzamentos de média móvel de baixa em ambos os casos, conforme mencionado acima, acompanharam uma boa notícia, que pode ter limitado seu impacto no mercado de Bitcoin.
Por exemplo, a recuperação do preço do Bitcoin em julho de 2021 veio principalmente na esteira de rumores de que a Amazon começaria a aceitar criptomoedas para pagamentos – que mais tarde se revelaram falsos – e após uma conferência, apelidada de "The B-Word", em que se viu o CEO do Twitter Jack Dorsey, o CEO da Tesla Elon Musk e a CEO da ARK Invest, Cathie Wood, falando muito a favor do Bitcoin.
Da mesma forma, o Bitcoin se recuperou acentuadamente de seus níveis abaixo de US$ 4 mil em março de 2020, principalmente após o Federal Reserve System (Fed) dos Estados Unidos anunciar suas políticas monetárias frouxas para conter as consequências do crash do mercado de ações liderado pela pandemia do coronavírus.
A cruz da morte desta vez parece perigosa
O declínio mais recente do Bitcoin refletiu a preocupação crescente dos investidores sobre a decisão do Fed de afrouxar agressivamente suas políticas monetárias – incluindo a redução de seu programa de compra de ativos de US$ 120 bilhões por mês seguido de três aumentos nas taxas – em 2022.
Normalmente, o aumento das taxas de juros torna a posse de ativos voláteis como o Bitcoin menos atraente do que os títulos do governo, que oferecem rendimentos garantidos.
"Esta é a prova de que o Bitcoin atua como um ativo de risco", disse Noelle Acheson, chefe de insights de mercado da criptomoeda Genesis Global Trading, ao Wall Street Journal, acrescentando que os detentores de curto prazo seriam os "mais próximos da saída."
Como resultado, a redução geral na liquidez de caixa, juntamente com a formação da cruz da morte, poderia desencadear novas vendas no mercado de Bitcoin. No entanto, isso é, a menos que o preço BTC se recupere de seu nível de suporte atual em torno de US$ 40 mil, a linha Fib de 0,382 mostrada no gráfico abaixo.
No entanto, uma quebra abaixo de US$ 40 mil pode mandar o preço do Bitcoin para o próximo suporte de linha Fib, perto de US$ 35 mil.
As visões e opiniões expressas aqui são exclusivamente do autor e não refletem necessariamente as visões do Cointelegraph.com. Cada movimento de investimento e negociação envolve risco, você deve conduzir sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.
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