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Continuação da alta ou correção? Analista aponta próximos alvos do Bitcoin após máxima histórica de US$ 106 mil

Romper a resistência formada na região dos US$ 106 mil, o novo recorde de preço do Bitcoin, é crucial para manter a tendência de alta do BTC no curto prazo, afirma Diego Pohl, analista da Crypto Investidor.

Continuação da alta ou correção? Analista aponta próximos alvos do Bitcoin após máxima histórica de US$ 106 mil
Análise de mercado

O Bitcoin (BTC) atingiu um novo recorde histórico de preço de US$ 106.648 nesta segunda-feira, 16 de dezembro, logo depois de fechar a semana em alta de 3,3%.

O movimento em direção a novas máximas históricas ocorreu ao longo de 26 horas, entre as 23h do sábado, 14, e às 2h da segunda-feira, período em que o Bitcoin subiu de US$ 100.649 para romper brevemente os US$ 106.000, de acordo com dados da TradingView.

Rumores crescentes sugerindo que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, poderia assinar uma ordem executiva transformando o Bitcoin em um ativo de reserva no país já nos primeiros dias de seu novo mandato foram o principal catalisador da alta no fim de semana.

Enquanto as notícias aguardam confirmação, a semana da última reunião do Banco Central dos EUA (Fed) de 2024 começa com forte volatilidade, com o Bitcoin oscilando em uma ampla faixa de preço entre mínimas de US$ 103 mil e máximas acima dos US$ 106 mil, de acordo com dados da CoinGecko.

Gráfico de 1 hora BTC/USDT (Binance). Fonte: TradingView

Há consenso nos mercados de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) vai confirmar um novo corte de juros de 0,25% na reunião da próxima quarta-feira, 18, de acordo com dados da FedWatch Tool da CME. No entanto, o cenário começa a ficar mais nebuloso para o Fed em 2025, com inflação persistente, acima de 3%, e o mercado de trabalho dando sinais de declínio.

A perspectiva renovada de "estagflação" na economia dos EUA pode obrigar o Fed a rever sua política de cortes de juros já nos primeiros meses de 2025, mesmo que tal medida possa contribuir para o aumento do desemprego.

A semana promete oferecer pistas sobre o futuro da economia dos EUA com a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego na quinta-feira, 19, e do índice de despesas de consumo pessoal, o indicador de inflação mais relevante para o Fed.

Em resumo, se as perspectivas no campo político estão a favor dos touros do Bitcoin, o cenário macroeconômico reserva incertezas para o mercado de criptomoedas. A magnitude e a extensão do atual ciclo de alta dependerão da combinação de ambos os fatores, mas, pelo menos no curto prazo, a euforia é o sentimento preponderante entre os traders.

Análise de preço do Bitcoin

Antes de renovar sua máxima histórica no domingo, o Bitcoin voltou a testar o suporte na região dos US$ 95.000, conforme havia projetado Diego Consimo, fundador e analista da Crypto Investidor.

A manutenção do suporte após a liquidação de US$ 1,6 bilhão em criptomoedas nos mercados de derivativos foi fundamental para que o Bitcoin tenha retornado acima dos US$ 100 mil, consolidando um novo recorde de preço, explicou Diego Pohl, analista da Crypto Investidor, ao Cointelegraph Brasil:

“Após a queda da última semana, quando testou novamente sua média de 21 períodos do gráfico diário na região de US$ 95.000, o Bitcoin manteve sua tendência principal de alta. Esse movimento permitiu a formação de um novo pivô de curto prazo, cujo alvo era a região dos US$ 106.000."

Agora, a nova máxima histórica passa a ser o nível de resistência a ser superado para manutenção da tendência de alta, afirma o analista:

“Com a rejeição do movimento na região desse novo topo, ainda existe a possibilidade de ocorrer um novo teste de suporte, na região de fundo, próxima dos US$ 89.000, junto à média de 50 períodos do gráfico diário.”

É importante que o preço do Bitcoin se mantenha acima dos US$ 99.000 para almejar novos alvos na região entre US$ 114.000 e U$120.000, conclui Pohl, conforme delineado no gráfico abaixo.

Gráfico diário contratos perpétuos BTC/USDT (Binance). Fonte: Crypto Investidor

Uma eventual correção no curto prazo não significaria o fim do mercado de alta para o Bitcoin. Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, o preço do Bitcoin tem os US$ 175 mil como “alvo mínimo” em 2025, de acordo com Danny Marques, um analista especializado no setor de mineração de criptomoedas.