Resumo da notícia

  • MYX Finance liderou setembro com valorização de 1226,2%.

  • MemeCore e Pump.fun também surpreenderam com altas expressivas.

  • Para outubro, Bitcoin, Ethereum, Solana, Chainlink e Stellar são as principais apostas.

O mês de setembro foi marcado por fortes oscilações no mercado de criptomoedas, com o Bitcoin negociando lateralmente em boa parte do período.

Com isso, as altcoins ganharam força, entre as maiores altas, a liderança absoluta ficou com a MYX Finance (MYX), que valorizou 1226,2%. Outro destaque foi a MemeCore (M), que subiu 192,2% no período.

A terceira colocada foi a Pump.fun (PUMP), com valorização de 67,2% em setembro. A lista também inclui a Mantle (MNT), que avançou 63,1% no mês e alcançou preço de US$ 1,93, com movimentação de US$ 379 milhões.

O setor de games e metaverso também esteve presente no ranking, com a Immutable (IMX) registrando alta de 43,2% e chegando a US$ 0,73. Outro ativo que ganhou força foi a Worldcoin (WLD), que avançou 42% em setembro.

A tradicional Avalanche (AVAX) também se destacou com alta de 28%, atingindo US$ 30,42 e volume superior a US$ 1,2 bilhão. A lista segue com Provenance Blockchain (HASH), que valorizou 27,8% e alcançou US$ 0,0358, embora com baixo volume diário.

Outro nome de destaque foi a Flare (FLR), com valorização de 24,4% e, fechando o ranking das dez maiores altas de setembro está a BNB (BNB), moeda nativa da Binance, que valorizou 19,6% e ultrapassou a marca de US$ 1.030.

O desempenho dessas criptomoedas em setembro confirma como o mercado segue diversificado, com espaço tanto para projetos consolidados quanto para tokens emergentes. Os ganhos expressivos também mostram o apetite por risco dos investidores, que continuam a apostar em ativos digitais mesmo diante da volatilidade.

Qual criptomoeda comprar em outubro

Agora, para o mês de outubro a Coinext compartilhou com o Cointelegraph uma lista com os 5 principais ativos que a equipe de research da empresa, liderada por Taiamã Demaman, acredita que tem potencial de valorização no mês.

Para outubro a lista prioriza blockchains de primeira camada (Layer 1), que formam a infraestrutura essencial de todo o ecossistema cripto. Esses protocolos funcionam como a base das redes descentralizadas, responsáveis pela geração de blocos, mecanismos de consenso e validação de transações, elementos que garantem segurança, descentralização e escalabilidade para o setor. 

As blockchains de primeira camada não apenas suportam o funcionamento de aplicações descentralizadas, mas também determinam a direção estratégica de segmentos como DeFi, NFTs e DAOs, além de abrir caminho para integrações com a economia real. Seu papel como “espinha dorsal” da Web3 as coloca no centro do desenvolvimento do mercado, atraindo milhões de usuários e desenvolvedores globalmente. 

Apesar de desafios como a concorrência e a pressão regulatória, essas redes continuam a evoluir, explorando soluções de escalabilidade como sharding, sidechains e integrações de Camada 2 (Layer 2). O resultado é um setor com alto potencial de crescimento, onde projetos sólidos tendem a captar liquidez e manter relevância de longo prazo. 

Confira as indicações da Coinext

Bitcoin (BTC) 

O Bitcoin é a primeira blockchain de primeira camada (Layer 1) do mercado, criada em 2009 por Satoshi Nakamoto. Sua inovação foi histórica: ao introduzir um sistema descentralizado de registros públicos, o Bitcoin inaugurou a indústria das criptomoedas e estabeleceu o modelo que serviria de base para milhares de projetos posteriores.

Como Layer 1, o Bitcoin concentra em sua própria rede as funções essenciais de uma blockchain, validação de transações, geração de blocos e segurança via consenso descentralizado.

Para isso, utiliza o mecanismo de Proof of Work (PoW), no qual mineradores competem para resolver cálculos matemáticos complexos. Esse processo não apenas valida as transações, como também garante a integridade e a imutabilidade da rede, tornando o BTC uma das tecnologias mais seguras e resilientes já criadas. 

Esse papel estrutural explica o interesse crescente de investidores institucionais. Na segunda semana de setembro, os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos registraram um fluxo líquido positivo de US$2,34 bilhões, elevando os ativos sob gestão para US$153,18 bilhões. Como esses fundos precisam manter BTC para lastrear suas cotas, geram uma pressão de compra consistente, que sustenta o mercado à vista e reforça a tendência de valorização. 

Esse movimento ocorre em um ambiente macroeconômico mais favorável. No dia 17, o Federal Reserve realizou o primeiro corte de juros em um ano, reduzindo a taxa em 25 pontos-base. A decisão amplia a liquidez global e aumenta o apetite por ativos de risco. Em paralelo, o crescimento do agregado monetário (M2) das dez maiores economias em dólar reforça essa tendência, indicando que ainda há espaço para que os índices financeiros e o próprio Bitcoin avancem. 

Mesmo nesse contexto positivo, o BTC sofreu um ajuste técnico após rejeitar a resistência em US$117,5 mil, recuando para a região de US$113 mil. Ainda assim, o cenário segue construtivo: a entrada robusta e constantes nos ETFs, somada à expansão da liquidez global e a uma estrutura técnica sólida, sustenta um viés altista no curto e médio prazo.

Do ponto de vista gráfico, fechamentos semanais acima de US$113,2 mil seriam cruciais para abrir espaço a uma nova tentativa de rompimento em US$117,5 mil e de recorde histórico em US$124,5 mil. 

Por todos esses fatores, o Bitcoin é considerado um ativo indispensável: ele não pode faltar em nenhuma carteira de investimento em criptomoedas. Mais do que proteção contra inflação, diversificação de portfólio ou exposição ao crescimento da economia digital, o BTC, o alicerce sobre o qual todo o ecossistema cripto foi construído e continua a evoluir. 

Ethereum (ETH) 

O Ethereum é a segunda maior criptomoeda do mercado e a principal blockchain de primeira camada (Layer 1) programável, responsável por sustentar contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps). Desde seu lançamento em 2015, tornou-se a base de setores inteiros como DeFi, NFTs, DAOs e Web3, expandindo a utilidade da blockchain para além das transações financeiras. 

Diferente do Bitcoin, que atua como reserva de valor, o Ethereum foi projetado como uma plataforma flexível, permitindo a criação de contratos inteligentes e aplicações descentralizadas em diversos segmentos. Essa capacidade programável foi reforçada com a migração para o Proof of Stake (PoS) em 2022, que reduziu drasticamente o consumo energético da rede e abriu caminho para melhorias de escalabilidade, como sharding e integração com soluções de Layer 2 (Optimism, Arbitrum, Base).

Em setembro, durante a Japan Developer Conference, Vitalik Buterin apresentou um novo roadmap para o protocolo. As metas incluem ampliar a interoperabilidade, reduzir o tempo de finalização de blocos, aumentar em até 10 vezes a usabilidade e o desempenho da rede até 2025 e expandir a privacidade on-chain por meio de provas de conhecimento zero. A longo prazo, o plano prevê ainda resistência quântica e verificação formal, medidas que reforçam a segurança e a robustez do Ethereum como infraestrutura central da Web3. 

Outro sinal da sua força veio do mercado de stablecoins. Após meses atrás do Tron, o Ethereum recuperou a liderança como principal rede do USDT, atingindo US$80 bilhões em fornecimento.

Com quase 1 milhão de transações diárias, o uso ativo da stablecoin mostra que o Ethereum continua sendo a infraestrutura preferida de instituições e usuários para pagamentos, liquidações e operações em DeFi, mesmo diante das taxas mais baixas oferecidas por concorrentes como Tron.

Essa reversão reforça a dominância do ETH no ecossistema e fortalece a tese de valorização do token, já que maior atividade on-chain gera mais demanda por ETH como “combustível” da rede. 

No campo técnico, o ativo sofreu uma correção, rompendo os US$4,3 mil e invalidou a formação de triângulo equilátero, um padrão gráfico que sinalizava consolidação antes de uma possível alta. Com isso, o ativo passou a testar o suporte crucial em US$4 mil. 

Dessa maneira, as regiões de US$4,5 mil e US$4,8 mil despontam como resistências-chave para a retomada do viés altista. 

No entanto, mesmo estando em um momento de retração, o Ethereum segue sendo um ativo essencial para qualquer portfólio. Como a Layer 1 programável líder do mercado, ele sustenta o ecossistema de finanças descentralizadas e inovação cripto, posicionando-se entre os tokens com maior potencial estratégico de valorização no médio e longo prazo. Apesar da correção atual, o ETH permanece fundamentalmente e tecnicamente sólido. 

As mudanças em andamento, do fortalecimento da escalabilidade às melhorias de privacidade e à retomada da dominância no mercado de stablecoins, reforçam sua relevância e devem ampliar a demanda pelo token. Assim, o Ethereum continua sendo não apenas uma aposta importante para outubro, mas também para todos que desejam uma carteira sólida. 

Solana (SOL) 

A Solana é uma blockchain de primeira camada (Layer 1) lançada em 2020 com o objetivo de oferecer uma rede altamente escalável, rápida e de baixo custo. Criada por Anatoly Yakovenko, diferencia-se pela capacidade de processar milhares de transações por segundo com taxas mínimas, graças à combinação do Proof of Stake (PoS) com o inovador Proof of History (PoH), um “relógio criptográfico” que organiza as transações antes da validação e aumenta a eficiência do sistema. 

Esse modelo consolidou a Solana como uma das blockchains mais rápidas do mercado, atraindo projetos de DeFi, NFTs, stablecoins, jogos blockchain e micropagamentos. O token SOL, por sua vez, funciona como combustível da rede, sendo utilizado no pagamento de taxas e no staking, com parte das taxas queimada, o que confere ao ativo um caráter deflacionário.

Nos últimos meses, a Solana também vem se destacando como ponte entre o mercado tradicional e o universo cripto.

A Forward Industries (NASDAQ: FORD), empresa norte-americana de design e fabricação de produtos eletrônicos e soluções de tecnologia para o varejo e o setor médico, anunciou a tokenização de suas ações na rede em parceria com a fintech Superstate, permitindo que investidores convertam papéis tradicionais em tokens digitais para negociação 24/7 com liquidação quase instantânea. 

Mais do que isso, esses ativos tokenizados poderão ser integrados ao ecossistema da Solana, com protocolos como Drift, Kamino e Jupiter Lend já se preparando para aceitá-los como colateral em operações de crédito descentralizadas. Esse avanço posiciona a Solana como infraestrutura estratégica para a tokenização de ativos tradicionais, tendência capaz de atrair novos fluxos institucionais e ampliar a demanda por SOL. 

O fortalecimento do ecossistema também foi impulsionado pela Raiku, startup que captou US$13,5 milhões em rodadas de investimento com fundos como Pantera Capital, Jump Crypto e Lightspeed Faction.

A empresa desenvolve soluções para viabilizar transações garantidas na Solana, assegurando confirmações previsíveis mesmo sob congestionamento da rede. Ao coordenar o espaço de blocos com validadores, a Raiku busca resolver um dos principais desafios técnicos da blockchain, contando inclusive com apoio do próprio Yakovenko, o que aumenta a competitividade da Solana como base confiável para aplicativos avançados de DeFi. 

Além dos avanços técnicos, a Solana conquistou espaço também no campo regulatório e institucional. A aprovação pela SEC do ETF do Índice de Criptoativos Hashdex Nasdaq EUA permite que o fundo inclua o SOL ao lado de Bitcoin e Ethereum, ampliando sua exposição regulada a investidores institucionais. Esse marco fortalece a legitimidade da Solana no mercado tradicional e tende a potencializar a demanda pelo token no médio e longo prazo. 

Do ponto de vista técnico, segundo o portal Brave New Coin, a Solana permanece em uma zona desafiadora, com US$224 testados diversas vezes sem rompimento, o que levanta dúvidas sobre a força do movimento altista. O suporte em US$ 200 é o ponto-chave: caso seja mantido e a resistência seja superada, o cenário para a previsão de preço da Solana em 2025 permanece positivo. 

Com a crescente integração institucional e um ecossistema em expansão, a Solana combina velocidade, inovação e legitimidade regulatória. Esses fatores sustentam seu potencial de valorização no médio e longo prazo, motivo pelo qual a incluímos em nossa lista de criptomoedas para acompanhar em outubro. 

Chainlink (LINK) 

A Chainlink é uma rede descentralizada de oráculos criada em 2017 por Sergey Nazarov e Steve Ellis para resolver uma das maiores limitações das blockchains: a incapacidade de acessar dados externos de forma nativa. Ao atuar como uma ponte segura entre contratos inteligentes e informações do mundo real, tornou-se indispensável para aplicações que dependem de dados confiáveis, como liquidações em protocolos DeFi, seguros descentralizados e a manutenção da paridade de stablecoins.

Esse papel central vem sendo reforçado por integrações estratégicas. A Worldchain, rede de Layer 2 com mais de 35 milhões de usuários, adotou o CCIP (Cross-Chain Interoperability Protocol) para habilitar transferências seguras de WLD entre blockchains, além de integrar o Chainlink Data Streams, que fornece dados de mercado em tempo real e permite o desenvolvimento de aplicações DeFi mais seguras e eficientes.

Essas soluções ampliam a utilidade da Chainlink e consolidam sua posição como infraestrutura essencial para interoperabilidade e mercados cross-chain. 

No campo institucional, a Caliber (NASDAQ: CWD) investiu US$4 milhões em LINK, tornando-se a primeira empresa listada na Nasdaq a adotar uma estratégia de tesouraria focada no token.

Esse movimento oferece aos acionistas acesso regulado ao potencial de valorização e de rendimento via staking, ao mesmo tempo em que simboliza uma aposta de longo prazo na tokenização de ativos reais e na expansão da infraestrutura DeFi, áreas onde a Chainlink já desempenha papel protagonista. 

Outro avanço importante foi a integração da Chainlink à Canton Network, blockchain institucional apoiada por gigantes como Microsoft, Goldman Sachs e BNP Paribas. A parceria levou ferramentas como Data Streams, Proof of Reserve e o CCIP para dentro do ecossistema e posicionou a Chainlink Labs como Super Validador, fortalecendo a segurança e a interoperabilidade e abrindo caminho para casos de uso em larga escala que unem finanças tradicionais e descentralizadas. 

No campo técnico, segundo o portal Coingape, o LINK está em ponto decisivo: após formar um fundo duplo em US$21, o token chegou a subir 17% até US$25,6 antes de recuar. Agora, um rompimento acima de US$25,20 pode abrir espaço para ganhos de até 28%, mirando US$27,86, enquanto a defesa da zona de demanda segue essencial para evitar nova pressão vendedora. 

Ao unir fundamentos sólidos, crescente validação institucional e uma estrutura técnica favorável, a Chainlink potencializa a funcionalidade das próprias camadas 1, servindo como elo entre dados do mundo real e os ecossistemas blockchain. Por ser uma infraestrutura indispensável à expansão do mercado cripto, colocamos a Chainlink em nossa lista de criptomoedas para acompanhar em outubro. 

Stellar (XLM) 

A Stellar é uma blockchain de primeira camada lançada em 2014 por Jed McCaleb, cofundador da Ripple, e Joyce Kim, com a missão de tornar os pagamentos globais mais rápidos, baratos e acessíveis. Seu foco sempre esteve na inclusão financeira, principalmente para populações sub-bancarizadas e regiões com infraestrutura financeira limitada. 

Para isso, utiliza o Stellar Consensus Protocol (SCP), um mecanismo de validação distribuído que não depende de mineração. Esse modelo garante transações em segundos com taxas mínimas, tornando a rede atrativa para remessas internacionais, micropagamentos e integração com bancos e fintechs.

Nos últimos meses, a Stellar vem se fortalecendo por meio de integrações estratégicas. A rede ganhou destaque com a adoção do PayPal USD (PYUSD), ampliando a interoperabilidade entre blockchains e acelerando a tokenização de ativos em escala global. 

Também apresentou o Meridian Pay, voltado para simplificar operações com stablecoins, e o token USDY, que expande a tokenização em sistemas financeiros. Já em setembro, a Circle lançou na Stellar a versão 2 do Cross-Chain Transfer Protocol (CCTP), permitindo transferências de USDC entre a rede e outras 15 blockchains, como Ethereum, Solana e Base, sem necessidade de conta na Circle.

A atualização amplia a programabilidade para desenvolvedores e reforça a posição da Stellar como peça-chave no ecossistema de stablecoins e na expansão da interoperabilidade blockchain. 

No campo regulatório, a Stellar (XLM) também foi incluída no ETF do Índice de Criptoativos Hashdex Nasdaq EUA, ao lado de Bitcoin, Ethereum, Solana e XRP. Essa participação amplia sua exposição ao mercado institucional, reforçando sua relevância como infraestrutura voltada a pagamentos globais e à tokenização regulada de ativos. 

Do ponto de vista técnico, segundo o portal The Tradable, o XLM negocia em torno de US$ 0,3566 após um período de consolidação, com suporte firme em US$0,33 que pode servir de base para uma nova pernada de alta.

Um rompimento acima de US$0,50 confirmaria um padrão altista clássico de reversão, abrindo espaço para alvos em US$0,64, US$0,75, US$0,85 e até US$1,00. 

Ao combinar velocidade e baixo custo com integrações estratégicas de stablecoins, apoio institucional crescente e uma estrutura técnica favorável, a Stellar reforça sua posição como infraestrutura essencial para o futuro dos pagamentos digitais e da tokenização de ativos. Por esses motivos, a XLM está entre as criptomoedas que destacamos em nossa lista para outubro.