Em um cenário dominado pela desconfiança dos mercados globais em razão de uma possível recessão nos EUA, o Bitcoin (BTC) era transacionado em torno de US$ 58,2 mil (+2%) na manhã quinta-feira (8), quando o benchmark acumulava 10% de retração semanal. Porém, quem também está acumulando o banho de sangue no BTC são as grandes carteiras, as baleias, que podem favorecer a zona de reacumulação e posicionar a criptomoeda para uma região de até US$ 71,5 mil, cerca de 23% acima do preço atual.

Nessa direção, a plataforma de monitoramento on-chain Santiment foi ao X esta semana observar que, entre os dias 5 e 6 de agosto, as transações das baleias do Bitcoin atingiram o maior nível desde abril.

“De acordo com o total de participações de carteiras com 10 a 1.000 BTC, elas se acumularam rapidamente na queda de preço que viu o principal ativo da cripto cair abaixo de US$ 50 mil”, analisou a Santiment.

Na avaliação do especialista em criptomoedas de pseudônimo Rekt Capital, apesar do momento de turbulência, o Bitcoin "ainda está no caminho para uma alta em setembro". 

O eventual rali do Bitcoin estaria condicionado, segundo ele, a uma zona de reacumulação na região de US$ 60,6 mil, “desde que o BTC recupere a mínima do intervalo de reacumulação na próxima semana”.

“Desvios de baixa anteriores abaixo da mínima do intervalo foram representados como oportunidades de barganha (círculos laranja) A história se repetirá?”, completou. 

No YouTube, ele observou uma lacuna entre US$ 60,6 mil e US$ 71,5 mil, formada pela diferença entre o preço de fechamento do Bitcoin na última sexta-feira (2) e o de abertura na segunda-feira (5) na Chicago Mercantile Exchange (CME). 

“Recuperar US$ 6.600 significaria que o Bitcoin precisaria preencher essa lacuna da CME [entre US$ 59.415 e US$ 62.550]. Ele preencheu todas essas lacunas da CME nos últimos meses, então por que ele não deveria recuperar, revisitar e preencher essa lacuna da CME?”, considerou.

Em relação ao prazo para a eventual recuperação desse nível de reacumulação, Rekt Capital disse que até o final da próxima semana “seria um bom momento para preencher o CME Gap e fechar semanalmente acima daqui. Então, estou dando duas semanas para o Bitcoin preencher e recuperar esse nível de US$ 60.600 como suporte”. 

“Enquanto isso acontecer, estaremos de volta à consolidação dentro dessa faixa de reacumulação e quaisquer tipos de desvios negativos permanecerão simplesmente como oportunidades de compra de barganha”, completou. 

Na avaliação de outros especialistas, apesar das incertezas, o Bitcoin está posicionado para nova máxima histórica em torno de US$ 90 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.