Em um cenário dominado pela desconfiança dos mercados globais em razão de uma possível recessão nos EUA, o Bitcoin (BTC) era transacionado em torno de US$ 58,2 mil (+2%) na manhã quinta-feira (8), quando o benchmark acumulava 10% de retração semanal. Porém, quem também está acumulando o banho de sangue no BTC são as grandes carteiras, as baleias, que podem favorecer a zona de reacumulação e posicionar a criptomoeda para uma região de até US$ 71,5 mil, cerca de 23% acima do preço atual.
Nessa direção, a plataforma de monitoramento on-chain Santiment foi ao X esta semana observar que, entre os dias 5 e 6 de agosto, as transações das baleias do Bitcoin atingiram o maior nível desde abril.
“De acordo com o total de participações de carteiras com 10 a 1.000 BTC, elas se acumularam rapidamente na queda de preço que viu o principal ativo da cripto cair abaixo de US$ 50 mil”, analisou a Santiment.
🐳 August 5th and 6th saw the highest level of Bitcoin whale transactions since the first week of April. According to the total holdings of wallets with 10 to 1,000 BTC, they rapidly accumulated on the price dip that saw crypto's top asset fall below $50K. pic.twitter.com/wLG33tIV2k
— Santiment (@santimentfeed) August 7, 2024
Na avaliação do especialista em criptomoedas de pseudônimo Rekt Capital, apesar do momento de turbulência, o Bitcoin "ainda está no caminho para uma alta em setembro".
O eventual rali do Bitcoin estaria condicionado, segundo ele, a uma zona de reacumulação na região de US$ 60,6 mil, “desde que o BTC recupere a mínima do intervalo de reacumulação na próxima semana”.
“Desvios de baixa anteriores abaixo da mínima do intervalo foram representados como oportunidades de barganha (círculos laranja) A história se repetirá?”, completou.
#BTC
— Rekt Capital (@rektcapital) August 6, 2024
Still on track for a September breakout, provided BTC reclaims the ReAccumulation Range Low over the coming week or two
Previous downside deviations below the Range Low have figured as bargain opportunities (orange circles)
Will history repeat?$BTC #Crypto #Bitcoin https://t.co/aYnGRTOzdO pic.twitter.com/ChbItZ5eRj
No YouTube, ele observou uma lacuna entre US$ 60,6 mil e US$ 71,5 mil, formada pela diferença entre o preço de fechamento do Bitcoin na última sexta-feira (2) e o de abertura na segunda-feira (5) na Chicago Mercantile Exchange (CME).
“Recuperar US$ 6.600 significaria que o Bitcoin precisaria preencher essa lacuna da CME [entre US$ 59.415 e US$ 62.550]. Ele preencheu todas essas lacunas da CME nos últimos meses, então por que ele não deveria recuperar, revisitar e preencher essa lacuna da CME?”, considerou.
Em relação ao prazo para a eventual recuperação desse nível de reacumulação, Rekt Capital disse que até o final da próxima semana “seria um bom momento para preencher o CME Gap e fechar semanalmente acima daqui. Então, estou dando duas semanas para o Bitcoin preencher e recuperar esse nível de US$ 60.600 como suporte”.
“Enquanto isso acontecer, estaremos de volta à consolidação dentro dessa faixa de reacumulação e quaisquer tipos de desvios negativos permanecerão simplesmente como oportunidades de compra de barganha”, completou.
Na avaliação de outros especialistas, apesar das incertezas, o Bitcoin está posicionado para nova máxima histórica em torno de US$ 90 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.