A recente recuperação no preço do Bitcoin (BTC) pegou de surpresas os ursos que buscavam derrubar a principal criptomoeda do mercado abaixo de US$ 30 mil. Contudo enquanto os ursos lutavam pela queda no BTC as baleias, que são os investidores com mais de 1.000 BTCs, aproveitaram a baixa para acumular ainda mais Bitcoins.

Segundo dados da empresa de análise de criptomoedas Santiment as baleias estão aproveitando o medo dos investidores de varejo e dos novatos e, desde que o Bitcoin começou a cair em dezembro de 2021 eles já compraram mais de 220 mil Bitcoins, ou mais de 1% da oferta total do BTC, nas sete semanas desde 23 de dezembro.

A empresa de análise diz que é a maior acumulação de Bitcoin de mega baleia desde setembro de 2019.

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O otimismo dos grandes investidores com o Bitcoin deve continuar firme como aponta o analista Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move.

Ele destaca que o Bitcoin está chegando perto da zona de resistência e que embora o preço tenha se recuperado nos últimos dias, estamos em um movimento de alta desde final de janeiro, saindo dos U$34000 até aproximadamente os U$45000.

"Não seria um movimento usual do mercado a gente ver os preços subirem em linha reta, por isso é necessário cautela e menos ansiedade no momento. Bitcoin enfrentará resistência na região dos U$ 45000 até os U$ 50000. Se você está com operações alavancadas, reitero nossa recomendação de cautela", disse.

Bitcoin pode subir 300% até o fim de 2022

Assim como Lago quem também está otimista com o valor do Bitcoin no ano é Sean Farrell, chefe de estratégia de ativos digitais da Fundstrat Digital Asset Research, que aponta que tanto o BTC como o Ethereum (ETH) estão preparados para uma grande alta no ano.

Em um novo relatório da FS Insight, Farrell, argumenta que o Bitcoin passou do estágio em que os ciclos determinam seu preço e ao analisar o valor de mercado do BTC para o valor realizado (MVRV) pós-halving em 2020 em relação a 2012 e 2016, o analista acredita que os dados indicam que o Bitcoin vem realizando uma transição para um ativo consolidado de reserva de valor.

“Estamos caminhando para um mundo pós-ciclo? Achamos que sim.”

 

Portanto, segundo ele, os futuros mercados de alta serão decididos por entradas de caixa e não por ciclos. Assim quanto maior o interesse no Bitcoin mais o seu valor irá crescer.

“Aplicamos uma proporção de MVRV de 3,2x, que é a mediana histórica do Bitcoin quando um ATH [máximo histórico] é atingido, ao limite realizado projetado e, com isso, nosso modelo apontou um valor para o BTC entre US$ 138 mil a US$ 222 mil”, disse.

Ethereum e criptomoedas com potencial de alta

Já no caso do Ethereum (ETH), o relatório observa que a rede Ethereum gerou quase US$ 10 bilhões em taxas de transação, apesar de enfrentar uma concorrência feroz dda Avalanche (AVAX), Solana (SOL) e Polkadot (DOT).

“As guerras [de camada 1] começaram a sério em 2021, quando as redes apoiadas por empreendimentos ofereceram novas opções para desenvolvedores e usuários, na maioria das vezes competindo em escalabilidade.”

No entanto, embora o ETH tenha que enfrentar importantes concorrentes em 2022, Farrell acredita que a plataforma líder de contratos inteligentes continua subvalorizada.

“Apesar de um conjunto [competitivo] de camadas 1 para comparar, não achamos que o mercado esteja necessariamente precificando esses ativos com base em fundamentos ainda. No entanto, qualitativamente, sentimos que o Ethereum está notavelmente subvalorizado. Aplicamos uma análise semelhante ao ETH (com base nas entradas e no MVRV estimado) para chegar a uma meta de preço de US$ 12.000", disse.

Comentando sobre o preço do Ethereum no curto prazo, o brasileiro Tasso Lago, aponta que o ETH também precisa vencer importantes barreiras antes de iniciar um movimento de alta

"No momento, a leitura é que teremos turbulência ao tentarmos passar as médias. Acredito que a gente possa ficar lateral no Ethereum entre U$2700 - U$3300. E no Bitcoin na faixa dos U$40.000  Quando falo isso, digo que esperamos uma possível retração do mercado, o que é um movimento normal", aponta.

Lago também destaca o desempenho do SLP, que, segundo ele, segue uma impressionante retomada após o reajuste da Sky Mavis para a "Season 20" do jogo.

"O game passava por dificuldade, uma vez que SLP desabava infinitamente, dado sua alta inflação. Com isso, a Sky reduziu em até 56% a emissão de SLP pelo jogo. Quem comprou, de lá pra cá, teve mais de 230% de lucro", finaliza.

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