O vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa do Brasil, Percival Jatobá, declarou recentemente em um artigo compartilhado com o Cointelegraph que embora a digitalização do dinheiro não seja um fenômeno novo, Bitcoin e criptomoedas marcam um ponto fascinante nesta história.

"A sensação é de que o assunto está se multiplicando, passando do domínio de especialistas em finanças e tecnologia para um público maior de investidores, empreendedores e consumidores. Agora, vejo com otimismo um avanço importante também para dentro do ecossistema dos meios de pagamentos. A Visa vem buscando ocupar um lugar de destaque e protagonismo também nessa área financeira", disse.

Segundo ele, o conceito de digitalização do dinheiro já está em marcha há bastante tempo, com a crescente substituição das cédulas de papel, mesmo antes do lançamento das criptomoedas.

"Lá no fim dos anos 1960, no famoso encontro de Sausalito, líderes financeiros globais se reuniram para criar uma das mais importantes pontes que a comunidade mundial já conheceu: o primeiro sistema digital de troca de valores.", declarou.

Portanto, segundo ele, o importante é enxergar, criptomoedas, stablecoins e CBDCs, como mais um passo importante no caminho de digitalização do dinheiro, "algo inevitável se pensarmos sempre em uma sociedade democrática, inclusiva e digital".

"De lá pra cá (1960), estamos vendo uma aceleração desse movimento. Nosso papel é construir mais pontes a fim de tornar a rede ainda mais acessível para o crescente ecossistema de empresas criptonativas, cujas soluções são desenvolvidas do zero com moedas digitais", afirmou.

Reguladores

Ainda segundo Jatobá, para que as criptomoedas ganhem cada vez mais tração entre investidores e como forma de pagamento é preciso garantir a transparência, sobretudo quanto à atuação de órgãos reguladores, a segurança e a conveniência no tratamento dessa nova forma de enviar e receber pagamentos.

"Estamos entusiasmados com o que temos pela frente", disse.

Jatobá abordou a parceria entre a Visa e a USDC que permitirá a consumidores usarem a stablecoin como forma de pagamento.

"Com isso, consumidores poderão optar em comprar usando moedas fiduciárias ou stablecoins, e estabelecimentos comerciais poderão acessar e integrar funcionalidades de criptomoedas em seus produtos e serviços. É um grande avanço se pensarmos que nossos clientes, sejam consumidores ou estabelecimentos comerciais, focam suas demanas em: inovação aberta e direito de escolha!", revelou.

Ainda segundo ele, isso é só o começo e as criptomoedas caminham para sairem de um nicho ligado a tecnologia para ganhar cada vez mais adeptos e usuários fora deste setor.

"Mesmo com a popularização nos últimos anos, as criptomoedas ainda estão sob o domínio de nichos especializados em tecnologia e investidores. Mas tudo indica que esse cenário vai mudar em pouco tempo, principalmente à medida que elas estiverem cada vez mais presentes nas carteiras digitais dos consumidores, comerciantes e legisladores", afirmou.

O executivo da Visa destaca ainda que embora não seja capaz de prever o futuro não acredita que a marcha da história voltará para tráz tendo em vista que o processo de digitalização do dinheiro é antigo e finaliza com uma provocação em tom de previsão sobre a união entre criptomoedas, digitalização do dinheiro. meios de pagamento tradicionais.

"Bem-vindos ao Novo Digital!"

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