Para o analista brasileiro André Franco, especialistas da Empiricus, as criptomoedas ligadas a aplicações voltadas a Web3.0 tem muito potencial de valorização devido a disruptividade que podem causar no mercado global da internet.
Além de ser analista de uma das principais empresas de educação em investimentos do país, Franco tem sido feliz em suas previsões e acertou que o Bitcoin atingiria US$ 35 mil no final de 2020.
Em janeiro do ano passado Franco participou de uma live promovida pela NoxBitcoin e que teve mediação de Cláudio Rabin. Editor-chefe do Portal do Bitcoin, além de contar com a participação de Fabrício Tota, diretor de OTC do Mercado Bitcoin e João Paulo Oliveira, fundador da Nox Bitcoin e Ex-sócio da XP Investimentos e da Foxbit.
Durante o evento, Franco foi o mais otimista sobre como se comportaria o preço do BTC até o final do ano. Assim, enquanto o CEO da Nox apostava que o Bitcoin chegaria a R$ 65 mil e Fabricio Tota apostava em R$ 67 mil, Franco cravou certeiro que o Bitcoin chegaria a US$ 35 mil.
Embora o BTC tenha fechado o ano em US$ 29 mil, menos de 5 dias após, o preço superou os US$ 35 mil e confirmou a previsão de Franco.
Mais recentemente, Franco também acertou o 'boom' que haveria no setor de finanças descentralizadas (DeFi) e incorporou dois tokens de DeFi a sua carteira Crypto Legacy, que acumula 2.225% de lucro em criptoativos nos últimos três anos.
No caso dos tokens de DeFi, indicados por Franco, desde a sua recomendação eles tiveram 700% e 1500%, respectivamente de valorização.
Web3
Segundo Franco, depois de DeFi e NFTs, a próxima nova onda a sacudir o mercado é a Web3 e que pode 'sacudir' grandes empresas como Amazon, o Google e o Facebook, por permitir que o usuário navegue pela rede global de computadores sem ceder dados para as big techs.
Franco destaca ainda que o poder das grandes empresas de tecnologia, o crescimento dos seus monopólios e a crescente violação das liberdades individuais por parte delas estão acelerando a transição da internet, da Web2 para a Web3.
“Agora, pela primeira vez na história, a humanidade pode criar redes abertas e novas ferramentas sem precisar confiar. Em um ecossistema no qual não é necessário pedir permissão ou confiar seus dados a ninguém, você acaba eliminando o risco da confiança ser quebrada [com vazamento de dados, por exemplo]”, afirma André Franco em relatório exclusivo aos assinantes da Crypto Legacy.
Ainda segundo ele essa é uma mudança ainda sutil, mas profunda e promissora, que permite reduzir o risco sistêmico e criar um meio mais produtivo.
“Essa inovação nasceu para oferecer a solução desse problema por meio de uma rede descentralizada que permite que dispositivos de qualquer lugar do mundo se conectem sem fio à internet e transmitam dados, sem a necessidade de planos de celular caros, ou até mesmo se localizem geograficamente sem a necessidade de hardware de localização por satélite, que consomem muita energia”, explica André Franco.
Algumas criptomoedas voltadas para Web3
Embora Franco não tenha revelado um token específico no qual acredita em sua valorização, o Cointelegraph listou algumas criptomoedas voltadas para a Web3.0 e que vem chamando atenção de especialistas do mercado.
O primeiro deles é a Filecoin, um protocolo descentralizado que permite a qualquer pessoa alugar espaço de armazenamento extra no seu computador, da mesma forma, qualquer pessoa pode comprar armazenamento na rede.
Pense nisso como Amazon Web Services ou Google Cloud, mas em vez de uma empresa que controla o fluxo de dados, qualquer pessoa pode participar do processo. O token, FIL, é a moeda pela qual os usuários compram armazenamento e os detentores de armazenamento são pagos.
Agora, se o Filecoin pretende desestabilizar a indústria de armazenamento, o Golem quer desestabilizar a indústria de computação baseada em nuvem.
Golem é uma plataforma de computação distribuída, fornecendo poder de computação compartilhado que os usuários podem acessar por uma taxa.
A plataforma permite que você alugue os recursos sobressalentes do seu computador para outras pessoas que precisam de energia adicional para realizar cálculos e tarefas complexas e para aqueles que precisam de capacidade de computação para alugar de terceiros em vez de serviços baseados em nuvem como Amazon ou Google.
Já o BAT é um token de utilitário, projetado inicialmente como parte de uma plataforma de publicidade digital totalmente nova conhecida como Brave. Em seu coração está um navegador da web que bloqueia anúncios e mantém os dados pessoais e a identidade das pessoas protegidos.
Embora mantenha a identidade das pessoas segura, no entanto, o BAT também comodifica a atenção dos usuários. O livro razão distribuído no qual é construído pode coletar dados precisos sobre para onde os anúncios estão indo e quão eficazes eles são.
De posse dessas informações, os anunciantes podem criar melhores campanhas de marketing e orçamentos melhores. A rede também usa um token, o BAT, que pode ser usado para pagar aos editores por seu espaço de anúncio e até mesmo para compensar os usuários por assistir ou clicar em seus anúncios.
A questão toda é que os usuários podem mercantilizar sua atenção e ganhar diretamente, em vez de se sentirem explorados pelos anunciantes.
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