O Country Manager da exchange global Bitso no Brasil, Marcos Jarne, falou ao Cointelegraph Brasil em entrevista no YouTube sobre os primeiros meses de atividade da exchange no Brasil.

A Bitso chegou ao Brasil no fim de abril depois de experiências de sucesso em seu país natal, o México, e na Argentina. Ele ressaltou que o principal objetivo da Bitso é reforçar sua missão, de tornar as criptomoedas mais úteis, e falou sobre o perfil do consumidor brasileiro e disse que o Bitcoin pode até ser visto como um "movimento social":

"Acho que o brasileiro tem visto cada vez mais as criptomoedas como um mercado mais maduro. A validação dessas teses, de proteção econômica, de apoio dos governos e empresas grandes, conhecidas no mercado, ajudam nesse processo, mas claro que tem uma parte que não é de curto prazo, que é de educação. A gente quer ajudar as pessoas a entenderem o mercado. A gente pode até falar que o Bitcoin é um movimento social de certa forma, com reserva de valor, moeda de troca, e as pessoas aprendendo junto com o mercado que precisam filtrar o que é ruído e o que elas conseguem extrair deste mercado."

Sobre a concorrência de outras exchanges no Brasil, ele diz que apesar de representar uma empresa global, a Bitso terá um "DNA brasileiro" para atender ao consumidor nacional:

"A gente tem um DNA brasileiro, empresa constituída aqui e tudo, atendendo à regulamentação e acreditamos que ainda tem conversas muito boas para acontecer. A gente sabe que tem muitos players no mercado e espaço para crescer, o que é bom, quem sai ganhando com a concorrência é o cliente, os próprios reguladores estimulam essa competição, porque isso gera educação, inclusão financeira e mais serviços para os clientes. A gente vem alinhado com essa proposta, de ser uma plataforma simples, amigável, segura e transparente para o mercado brasileiro. A gente estuda também os criptoativos no mercado local, e a ideia é ir expandindo e oferecendo mais produtos para os clientes"

A correção dos mercados cripto de maio também foi tema da entrevista. Marcos Jarne lembrou da volatilidade característica das criptomoedas e disse que não será a última correção:

"Não foi a primeira vez que tivemos uma correção e não será a última. Teve muita gente que entrou no mercado no último ano e acabou realizando suas posições. Acho que a longo prazo, temos ainda muita gente otimista, mantendo as posições, acreditando no longo prazo e positiva com a tese das criptomoedas"

Finalmente, ele falou sobre os planos da exchange para o Brasil:

"A gente chegou em dezembro de 2020 e abriu para o varejo há poucos meses. A ideia é expandir e a gente quer ser um player realmente diferenciado para o mercado. A gente tem hoje mais de 2 milhões de clientes. A gente gostaria de replicar o nosso modelo de crescimento para o Brasil em pouco tempo. A gente quer que praticamente todo mundo entenda mais de criptomoedas e enxergue na Bitso a figura de um player que trouxe essa reputação, essa facilidade, essa questão intuitiva de entender e negociar criptomoedas. Queremos ser um player também de alta relevância no Brasil, participando das decisões e ajudando a construir algo cada vez mais sólido e bom para todos"

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