O CME Group, a maior bolsa de derivativos do mundo, anunciou, durante a Digital Assets Conference, organizado pelo Mercado Bitcoin, que eles estão muito "empolgados" em lançar o primeiro contrato de Bitcoin com liquidação semanal.

"Estamos empolgados em lançar o primeiro contrato de Bitcoin com liquidação semanal", afirmou Giovanni Vicioso, Global Head of Cryptocurrencies Products da CME.

Em meio à crescente demanda por soluções mais acessíveis, o CME Group lançou o Bitcoin Friday Futures, um contrato semanal regulamentado que se liquida todas as sextas-feiras. Este produto é cinco vezes menor que o microcontrato anterior, com uma exposição de apenas 1/50 de um Bitcoin, o que o torna acessível a um público mais amplo.

"Foi nosso lançamento mais bem-sucedido de cripto desde que introduzimos os futuros de Bitcoin em 2017", destacou Vicioso.

Com liquidação às 16h de Nova York, o Bitcoin Friday Futures aproveita a liquidez crescente durante as horas de mercado dos EUA. Isso faz dele uma alternativa viável para traders que buscam movimentações de curto prazo e uma maneira eficiente de capitalizar tendências no mercado cripto.

Segundo Vicioso, "os participantes do mercado terão a capacidade de acessar essa liquidez, sendo uma excelente oportunidade para estratégias de hedge associadas aos ETFs de Bitcoin".

Segundo ele, desde que o CME Group abraçou os derivativos cripto em 2017, o caminho foi guiado pelo interesse dos clientes e pelo feedback contínuo do mercado. Vicioso lembrou como o grupo trabalhou de perto com a comunidade cripto para desenvolver seus contratos iniciais de futuros de Bitcoin.

"Tudo o que fazemos é guiado pelo que os clientes querem ver", enfatizou. A criação de contratos mais acessíveis e amigáveis para ETFs foi central nesse desenvolvimento.

No entanto, as incertezas regulatórias nos EUA ainda impõem desafios. Vicioso destacou que, enquanto o CME Group é regulado pela CFTC (Commodity Futures Trading Commission), a SEC (Securities and Exchange Commission) continua debatendo sobre a classificação de outros criptoativos além do Bitcoin como valores mobiliários.

"Estamos limitados quanto aos futuros que podemos lançar até que haja mais clareza regulatória", concluiu.

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