A Visa pretende ampliar a adoção das criptomoedas pelos brasileiros integrando-as aos serviços financeiros tradicionais, revelou Eduardo Abreu, vice presidente de novos negócios da empresa em entrevista ao portal Seu Dinheiro.

A empresa vai se aproveitar da experiência de quem opera com 180 moedas diferentes, conectando 170 milhões de consumidores a estabelecimentos comerciais no mundo todo, para permitir que criptomoedas sejam utlilizadas como meio de pagamento de forma simples e segura, e não apenas como investimento ou reserva de valor, suas utilizações primordiais até então.

A Visa já tem parcerias com fintechs e exchanges de criptomoedas para emissão de cartões de créditos vinculados às contas de seus clientes. No Brasil, Alterbank, Rippio e Zro Bank oferecem esta modalidade de serviço, mas Abreu acredita que essa é apenas uma das possibilidades de uso para facilitar o acesso e a movimentação de ativos digitais pelos clientes da empresa.

Segundo afirmou Abreu, o passo decisivo para uma adoção mais ampla dos ativos digitais passa pela integração dos serviços bancários tradicionais ao ecossistema das criptomoedas. Em última instância, é necessário que os clientes possam movimentar as suas reservas em criptoativos atrávés de suas contas correntes.

O executivo revelou que a Visa tem planos de desenvolver aplicativos capazes de integrar serviços bancários tradicionais às criptomoedas, facilitando pagamentos e investimentos em ativos digitais ou a produtos a eles vinculados, como fundos e ETFs, dentro de uma mesma plataforma.

"O brasileiro já têm a cultura de receber pontos do cartão, milhas, descontos, etc. Por que não receber criptomoedas com o cartão de crédito também?", ponderou.

Conforme o Cointelegraph noticiou recentemente, estudo realizado nos EUA apontou que mais de 60% dos proprietários de criptomoedas ouvidos pelos pesquisadores disseram estar interessados em usar seus ativos como meio de pagamento, tornando as compras online mais privadas e seguras.

A empresa recentemente comprou um CryptoPunk. Em março, o Cointelegraph tenha relatado a possibilidade de que as primeiras experiências poderiam ocorrer ainda este ano.

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