A empresa de advocacia financeira americana Murphy & McGonigle anunciou a criação de um banco de dados em blockchain que tem o objetivo de concentrar todos os processos judiciais envolvendo criptomoedas ocorridos desde 2011.

O novo tipo de mecanismo de busca foi construído estritamente para ajudar as empresas de advocacia com casos baseados em blockchain e criptomoedas.

O sistema é conhecido como Blockchain Litigation Database (BLD) e inclui informações sobre os processos judiciais centrados em criptomoedas desde o ano de 2011.

O sistema foi criado pela firma de advocacia financeira Murphy & McGonigle, com sede em Richmond, Virgínia. A ideia era trazer processos judiciais baseados em criptomoedas e processos judiciais de todos os lugares dos Estados Unidos e do Canadá para um banco de dados pesquisável.

O escritório de advocacia é representante jurídico de várias instituições financeiras diferentes, como Coinbase, Capital One e Morgan Stanley. 

A empresa deve cobrar cerca de US$ 5.000 pelo acesso inicial ao banco de dados, além de US$ 2.500 por mês depois disso, para acesso contínuo.

Muitos escritórios de advocacia nos EUA estão se tornando muito mais envolvidos em casos relacionados à criptomoedas, e o banco de dados é projetado para fornecer a eles informações que possibilitem o estudo e pesquisa sobre casos passados e em andamento.

Daniel Payne é sócio da Murphy & McGonigle e ajudou a construir sua atual divisão blockchain de 12 pessoas. Discutindo o mecanismo de busca, ele comenta:

"Tenho certeza que ganharemos credibilidade quando comercializamos a plataforma blockchain para nossos clientes. Nós já usamos o banco de dados em pelo menos uma dúzia de processos."

No Brasil, um dos maiores problemas judiciais neste mercado é a briga entre exchanges e bancos tradicionais. Algumas exchanges brasileiras alegam que tem sido vítimas de problemas como bloqueios e dificuldade no processo de encerramento de contas.

Conforme reportado pelo Cointelegraph, as exchanges 3xBit, Bitrecife e Coinext relataram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) que tiveram problemas com diversos bancos nacionais em processos de encerramento de contas-correntes.