O Bitcoin (BTC) orbitava próximo à resistência de US$ 29 mil e com 47% de dominância de mercado na manhã desta quinta-feira (27) apesar do ligeiro recuo da capitalização do mercado de criptomoedas, cujo volume girava em torno de US$ 1,19 trilhão (-0,46%). 

A movimentação de preços coincidia com um cenário marcado por reações mistas no mercado financeiro, embora um possível ingrediente inerente ao mercado de criptomoedas possa ter favorecido a baixa repentina de 7% do BTC na última semana, embora o acumulado da semana estivesse positivo em quase 0,7% nesse período.

Internamente, a recuperação do Bitcoin ocorreu após um flash crash atribuído a uma publicação da empresa de análise de blockchain Arkham Intelligence na semana passada relacionada a uma possível movimentação em carteiras de Bitcoin custodiadas pelo governo dos EUA da extinta exchange de criptomoedas japonesa Mt.Gox. O que foi enxergado como um possível derrame de BTC apesar de a Arkham Intelligence ter negado a informação

Externamente, a alta do BTC coincidia com o derretimento de mais de 60% das ações do banco regional dos EUA First Republic Bank nos últimos dois dias, o que acendeu o sinal de alerta sobre a crise no setor bancário como possível catalisador de uma recessão na maior economia do planeta. 

Pelo lado positivo no mercado de ações, os resultados favoráveis no primeiro trimestre desse ano impulsionaram as ações de grandes empresas de tecnologia como a Microsoft, Amazon e Alphabet. Esse segmento é associado ao mercado de criptomoedas em razão do envolvimento direto ou indireto de big techs em projetos cripto por meio de parcerias com startups. 

Não por acaso o índice que replica os papéis dessas gigantes tecnológicas, o Nasdaq, operava em 11.854 pontos (+0,47%) enquanto o S&P 500 se encontrava em 4.055 pontos (-0,38%).

A recuperação do Bitcoin não era seguida pela ampla maioria das principais altcoins em capitalização de mercado, que operavam em um canal negativo de até -5%. Nesse grupo, o ETH se convertia em US$ 1.884 (-1,53%), o BNB respondia por US$ 330 (-2,54%), o SOL valia US$ 21,64 (-3,96%), o LTC se equiparava a US$ 88,41 (-3,58%), o LINK estava precificado em US$ 70,07 (-4,44%), o APT era trocado por US$ 10,13 (-4,33%), o NEAR se transformava em US$ 1,90 (-4,57%) e o EOS valia US$ 1,02 (-4,82%).

No lado positivo, o INJ era trocado de mãos por US$ 8,97 (+8,77%), o RNDR era avaliado em US$ 2,26 (+4,48%), o OSMO se equiparava a US$ 0,79 (+4,34%). Na casa de dois dígitos percentuais, o EGLD se estabelecia em US$ 45,33 (+10,37%), o RIF representava US$ 0,14 (+10,92%), o SURE estava precificado em US$ 0,0063 (+10,59%), o IDEX estava quantificado em US$ 0,090 (+22,58%), o RXD era comprado por US$ 0,0053 (+16%) e o VSYS respondia por US$ 0,0020 (+42,85%).

Negociado US$ 0,13 (+73%), o ASD, token da exchange de criptomoedas e tokens de produtos futuros AscendEX, destacava-se nas últimas 24 horas ao atingir um pico de preço acima de US$ 0,14. Esse valor, equivalente a R$ 0,72 pela cotação do dólar americano, representou um topo de 100% no início da manhã.

Gráfico de 24 horas do par ASD/USD. Fonte: CoinMarketCap

Pelo que era possível observar pelos canais oficiais da AscendEX, a alta do ASD não coincidia com algum anúncio específico anunciado pelo projeto e sim pelo aparente envolvimento entre o protocolo e sua comunidade por meio de listagens recentes de tokens e parcerias com outras empresas cripto.

Na última quarta-feira, uma criptomoeda pouco conhecida também surpreendeu os investidores após imprimir uma alta de 46% que sucedeu um anúncio de listagem feito pela exchange de criptmoedas Bybit, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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