O mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 2,44 trilhões (-0,5%) na manhã desta sexta-feira (14), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 66,8 mil (-1,4%), queda acumulada semanal de 6,3%, dominância de mercado a 54,1%, sentimento dos investidores em região neutra (55%) e a maior parte das principais altcoins em capitalização de mercado no vermelho apesar da alta de alguns tokens de baixa capitalização, em até três dígitos percentuais.

Em linhas gerais, o mercado crypto se dissociava dos principais índices acionários aos quais se correlaciona historicamente. No caso o S&P 500 e o Nasdaq, encerrados respectivamente 5.433,74 (+0,23%) e 17.665,90 pontos (+0,33%), movimento que sucedeu a precificação do FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores antes da divulgação da atualização da taxa básica anual do Federal Reserve (Fed) e dados da inflação de maio nos EUA. 

No primeiro caso, o banco central estadunidense manteve o patamar atua entre 5,25% e 5,50% enquanto, no segundo caso, o departamento do Trabalho daquele país relatou recuo no índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês). 

Apesar dos dados macroeconômicos menos preocupantes no curto prazo, o Bitcoin falhou em tentar uma nova máxima histórica. O que coincidia com dados de capitulação, venda por menor preço, por mineradores de BTC segundo o TradingView, possivelmente por causa do aumento dos custos da atividade após o halving, que reduziu à metade as recompensas por novos blocos minerados, em abril.

A pressão sobre o BTC nos últimos dias também foi percebida pelos fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin, que registraram US$ 226,21 milhões em saídas líquidas, segundo dados da plataforma SoSoValue.  

No campo positivo das principais altcoins em capitalização de mercado, o UNI era negociado por US$ 10,77 (+8,5%), o TON era negociado por US$ 8 (+5,3%) e o AKT orbitava US$ 3,56 (+2%). Em direção contrária, o AR valia US$ 30,73 (-10,8%), o STX estava precificado em US$ 2,06 (-10,8%), o INJ se equiparava a US$ 28,04 (-7,9%) e o BEAM era comprado por US$ 0,020 (-5,2%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o NOT era transferido por US$ 0,019 (+10%), o RPL valia US$ 28,19 (+49,6%), o BOME se nivelava por US$ 0,011 (+11,9%), o NPC se convertia em US$ 0,027 (+17,2%), o WZRD era vendido por US$ 6,16 (+24,3%), o DPI atingia US$ 105,28 (+10%) e o LSD estava quantificado por US$ 1,13 (+26,7%).

Chamava a atenção a alta de algumas memecoins desconhecidas e de baixa capitalização de mercado, com a ressalva de mensagens de alerta emitidas pelas plataformas de monitoramento, como o CoinMarketCap, em geral relacionada a não verificação de dados reportados pelos projetos, como capitalização de mercado, volume de negociação e suprimento de tokens. Entre essas memecoins, o CatSolHat (SOLCAT) valia US$ 0,084 com um pico de preço de cerca de 200% nas últimas horas, o AIRTNT era negociado por US$ 0,00081 (+135%) e o BABY PEPE se convertia em US$ 0,000012 (+122%). 

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam XZK e ARTFI na Bitget, EMBER, BCP e DUREV na Gate.io, GENIE, KENDU e CHAN na Poloniex, SMILEK e DADDY na Biconomy, PIRATE na CoinEx, Crypto.com e Coinbase Pro, ONDO na Upbit, DADDY na AscendEX e LEGO na BitMart.

No dia anterior, as altcoins subiram até 42% enquanto o Bitcoin caminhava de lado após manutenção de juros do Fed e recuo da inflação nos EUA, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.