Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX e uma das vozes mais influentes do mercado cripto, fez uma previsão ousada: o Bitcoin pode atingir US$ 250 mil até o final de 2025. Durante uma entrevista recente, ele reafirmou sua convicção, mesmo em meio às incertezas do cenário macroeconômico global.

Segundo Hayes, a valorização acelerada do Bitcoin está diretamente ligada à expectativa de que os principais bancos centrais do mundo imprimam cerca de US$ 9 trilhões nos próximos anos. Ele acredita que esse excesso de liquidez impulsionará ativos escassos, como o Bitcoin, muito mais do que ações tradicionais ou ouro.

Ele destaca que o governo dos Estados Unidos já sinalizou movimentos nessa direção, planejando injetar até US$ 5 trilhões para sustentar instituições financeiras. Além disso, uma flexibilização nas regras bancárias permite que o sistema financeiro adquira mais ativos sem tantas restrições, o que, na visão dele, deve alimentar ainda mais os mercados de risco, incluindo as criptomoedas.

Por que o Bitcoin deve superar outros ativos

Ao ser questionado sobre o motivo de sua preferência pelo Bitcoin em relação a ações ou metais preciosos, Hayes foi direto: “O Bitcoin tem uma oferta fixa de 21 milhões. Quando muito dinheiro entra em um mercado pequeno, o preço explode”.

Para ele, a natureza descentralizada e a escassez digital do BTC oferecem proteção incomparável contra a desvalorização das moedas tradicionais. Isso explicaria, segundo ele, porque o Bitcoin se tornou o ativo com melhor desempenho nos últimos 15 anos — e deve continuar superando as demais classes de ativos no futuro próximo.

Altcoins ficam para trás na visão de Hayes

Apesar do otimismo em relação ao Bitcoin, Arthur Hayes não demonstra o mesmo entusiasmo com as altcoins. Ele afirma que muitos projetos não entregam valor real, estão supervalorizados e carecem de “ajuste produto-mercado”. Segundo ele, várias dessas criptos possuem uma avaliação totalmente diluída (FDV) absurda, mas sem receita ou usuários reais.

Hayes cita exemplos como Berachain e Monad, que mesmo com altos volumes de financiamento, apresentam dificuldades para justificar seus preços de mercado. Em contrapartida, ele aponta que alguns projetos específicos — como Pendle e Ethfi — conseguem gerar receita e podem se destacar, mesmo em um cenário dominado pelo Bitcoin.

O domínio do Bitcoin deve aumentar ainda mais

Para completar sua análise, Hayes acredita que o domínio do Bitcoin sobre o mercado cripto pode ultrapassar 65% e até chegar aos 70%. Ele observa que o desempenho do Ethereum será decisivo para saber se haverá espaço para uma nova temporada de valorização das altcoins. Porém, no cenário atual, ele considera improvável que outras criptos superem o BTC em desempenho.

Hayes encerra com uma mensagem clara para os investidores: “Se o sistema financeiro global continuar imprimindo dinheiro, o Bitcoin continuará sendo a melhor aposta para proteger e multiplicar seu patrimônio”.