Sebastian Serrano, CEO e Co-Founder da Ripio, revelou recentemente uma estratégia ‘garantida’ para lucrar com Bitcoin. Analisando o mercado de criptoativos, ele destacou que a cada dia há mais solidez no setor.

De acordo com o analista, em maio, os números =superaram as expectativas e houve um sentimento mais bullish quanto à continuidade da tendência de alta. Além disso, ele apontou que o novo ATH do Bitcoin se consolidou de forma saudável, pois, no momento, não há muito FOMO (Fear of Missing Out) no retail, continuando assim a ser um pico muito silencioso.

Digo isso porque quando há muito FOMO, a correção também costuma ser bem forte. Lembrando que é normal ter uma variação de preço no mercado cripto”, revelou.

Diante das oscilações do mercado e da perspectiva de adoção e crescimento do Bitcoin, Serrano enfatizou que em um intervalo de até dois anos, não haverá um único banco ou fintech que não integre ativos digitais em suas plataformas

Assim, segundo ele, ao invés de ficar preocupado com as variações de curto prazo é melhor concentrar a estratégia de investimento em Bitcoin por uma perspectiva de médio e longo prazo. De acordo com Serrano, está fórmula tem se mostrado 100% certeira para gerar lucro.

“Como costumo enfatizar quando pensamos em investimento, quando uma pessoa ou empresa compra Bitcoin e o guarda por quatro anos, nunca aconteceu, na história do maior criptoativo do mercado, de se perder dinheiro – um dado incontestável da sua robustez como reserva de valor”, revelou.

Ciclo de 4 anos acabou

Reforçando a perspectiva de alta do mercado defendida por Serrano, Sandeep Nailwal, cofundador da Polygon, destacou que o mercado de criptomoedas vive uma transformação estrutural que pode encerrar, de vez, o famoso “ciclo de quatro anos”.

O executivo afirmou que as oscilações brutais que marcaram o setor nas últimas décadas estão perdendo força e dando espaço a um comportamento mais maduro e previsível.

“A cada novo movimento, as quedas de 90% ficam mais raras. O pânico generalizado diminuiu muito. Estamos vendo um mercado que cresce não só em valor, mas em comportamento”, destacou Nailwal.

Ele afirma que um dos principais responsáveis por essa mudança é a entrada massiva de investidores institucionais.

“Não falamos mais só de entusiastas olhando gráficos. Hoje temos fundos gigantes, bancos tradicionais e até governos posicionados no mercado”, explicou.

Para ilustrar, Nailwal cita um exemplo emblemático: “A ordem executiva do ex-presidente Donald Trump, que criou uma reserva estratégica de Bitcoin, mostra como o ativo deixou de ser ameaça e virou peça estratégica nas finanças globais”, afirmou.

ETFs mudam a dinâmica, mas trazem novas barreiras

Nailwal também ressaltou o impacto dos ETFs de criptomoedas nesse novo cenário. Na visão dele, esses instrumentos trouxeram mais estabilidade, além de atrair um perfil diferente de investidor — mais conservador e institucional.

“Os ETFs ajudam a estabilizar, mas também criam uma barreira. Como eles não exigem a posse dos ativos, o capital fica menos livre. Aquele fluxo ágil entre moedas, que fazia parte do charme do mercado, ficou mais lento”, analisou.

Apesar disso, ele não vê esse movimento como algo negativo. Para Nailwal, a profissionalização do mercado é um caminho natural e necessário.

Taxas, geopolítica e o futuro das criptos

O executivo também comentou como o cenário macroeconômico influencia diretamente o mercado cripto. “Com juros altos e incertezas geopolíticas, a liquidez está baixa. Muita gente prefere títulos do governo, que oferecem mais segurança no curto prazo”, avaliou.

No entanto, ele acredita que essa fase é temporária. “Assim que as taxas caírem e tivermos mais estabilidade política, a especulação volta. Mas será um ciclo diferente, mais racional, menos emocional”, projetou.

Para Nailwal, esse processo marca uma mudança definitiva no ecossistema cripto. “O mercado está deixando de ser um faroeste sem lei para se tornar um ambiente mais institucionalizado. Talvez a adrenalina não seja mais a mesma, mas a segurança e a legitimidade compensam”, concluiu.