A empresa de análise de blockchain Chainalysis divulgou nesta quarta-feira (14) o Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2022, um relatório geográfico da adoção das criptomoedas no mundo. O levantamento revelou que o Brasil ocupa a sétima colocação mundial em adoção de criptomoedas, quesito que é liderado pelo Vietnã, seguido por outros três países emergentes, Filipinas, Ucrânia e Índia, respectivamente.
Os Estados Unidos ficaram em quinto lugar, seguidos, nesta ordem, por: Paquistão (6º), Brasil (7º), Tailândia (8º), Rússia (9º), China (10º), Nigéria (11º), Peru (12º), Argentina (13º), Marrocos (14º), Colômbia (15º), Nepal (16º), Reino Unido (17º), Equador (18º), Quênia (19º) e Indonésia (20º).
De acordo com a Chainalysis, o levanto mostrou um fortalecimento da dominância dos países emergentes sobre o índice, tanto os que pertencem à categoria média-alta (Brasil, Tailândia, Rússia, China, Turquia, Argentina, Colômbia e Equador) quanto os países enquadrados na categoria média-baixa (Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Paquistão, Nigéria, Marrocos, Nepal, Quênia e Indonésia), que estão no meio das quatro categorias estabelecidas pelo Banco Mundial, com base nos níveis de renda e desenvolvimento econômico em geral. As exceções entre os 20 países que mais adotaram as criptomoedas foram os Estados Unidos e o Reino Unido, considerados de alta renda.
“Os usuários em países de renda média baixa e média alta geralmente confiam em criptomoedas para enviar remessas, preservar suas economias em tempos de volatilidade da moeda fiduciária e atender a outras necessidades financeiras exclusivas de suas economias.
Esses países também tendem a se apoiar em Bitcoin e stablecoins mais do que outros países. Nos próximos anos, será interessante ver quais soluções o setor de criptomoedas pode construir para aumentar a adoção em países de alta e baixa renda”, justificou a Chainalysis.
O documento também apontou para a estabilização global na adoção de criptomoedas no ano passado, cujo recorde foi atingido durante o segundo semestre. A partir do terceiro trimestre de 2021, o gráfico, construído a partir da soma das pontuações trimestrais de todos os 154 países e reindexação dos números, desde o segundo trimestre de 2019, mostrou um declínio mediante a queda de preços das criptomoedas, que acabaram se recuperando no quatro trimestre e voltaram a impulsionar a adoção global. Nos últimos dois trimestres, a adoção se manteve em queda, apesar de ter se mantido acima dos níveis de mercado de pré-alta de 2019.
“Os dados sugerem que muitos daqueles atraídos pelo aumento dos preços em 2020 e 2021 permaneceram e continuam investindo uma parte significativa de seus ativos em ativos digitais. Isso também se alinha com nossa pesquisa anterior, mostrando que os mercados de criptomoedas foram surpreendentemente resilientes através de quedas recentes.
Grandes detentores de criptomoedas de longo prazo continuaram mantendo o mercado em baixa e, portanto, embora seus portfólios tenham perdido valor, essas perdas ainda não estão bloqueadas porque não foram vendidas - os dados da cadeia sugerem que esses detentores estão otimistas o mercado vai se recuperar, o que mantém os fundamentos do mercado relativamente saudáveis”, acrescentou a empresa.
Em relação ao Vietnã, a Chainalysis disse que as subclassificações colocam o país com alto poder de compra e soluções ajustadas à população, por meio de ferramentas de criptomoedas centralizadas, finanças descentralizadas e peer-to-peer (P2P), além do “amor do Vietnã pela criptomoeda”, sinalizado já em 2020, quando 21% dos vietnamitas relataram usar ou possuir criptomoeda, percentual que só perdeu para a Nigéria, com 32% naquela ocasião. No rol da paixão vietnamita também estão os jogos play-to-earn (P2E) e move-to-earn (M2E), entre eles o Axie Infinity (AXS), baseado na cidade de Ho Chi Minh.
Apesar do amor do Vietnã pelas criptomoedas e da liderança dos mercados emergentes quando o assunto é a adoção, o dia é de apagão do Bitcoin enquanto uma criptomoeda “elétrica” registra uma alta suspeita de 4.288.509% e deixa o mercado em choque, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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