Uma pesquisa divulgada recentemente pela plataforma Semrush revelou quais são os cinco países mais curiosos quando o assunto é criptomoeda. O levantamento faz parte de um estudo para avaliar o impacto da nova onda de ascensão das criptomoedas na pesquisa a fim de identificar algumas tendências relacionadas a alguns criptoativos emergentes em 2021. Entre as informações divulgadas também está a relação entre  as buscas pelo Bitcoin (BTC) no Google, as postagens de Elon Musk relacionadas à criptomoeda no Twitter e o preço do BTC,  além das altcoins preferidas, tanto em escala mundial quanto em alguns países. 

Os Estados Unidos e o Canadá ficaram de fora do Top 5 dos países mais ‘criptocuriosos’ do planeta em 2021, tomando por base o interesse da população por meio do site de busca em relação à sua respectiva população. Neste quesito, os cinco países mais criptocuriosos foram Holanda, Eslovênia, Suíça, Áustria e Turquia.

Top 5 dos países mais "criptocuriosos" (jan. a maio/2021). Fonte: Semrush

Diferente do que se poderia supor, a alta de preço do Bitcoin não se reflete diretamente no aumento da procura da criptomoeda no site de busca. Segundo o levantamento, ocorre o contrário: o aumento de buscas do BTC precede o boom de preços. 

A plataforma deixou claro que não se pode estabelecer uma relação de causalidade, que poderia sugerir um aumento de busca do Bitcoin no Google antes da compra, possibilidade que não parece razoável em relação a investidores hardcore, embora o gráfico tenha apontado uma correlação global de 82%, conforme observou a  Semrush.

Correlação entre buscas e preço do Bitcoin. Fonte: Semrush

A plataforma também mapeou diversas ocasiões em que o bilionário Elon Musk influenciou o preço do BTC após publicações no Twitter. O gráfico, por exemplo, abre com uma queda verticalizada que coincide com uma declaração de Musk relacionada à não aceitação do Bitcoin pela Tesla, o que se reverte em outra publicação a respeito da aceitação da criptomoeda pela gigante dos carros elétricos. 


    Correlação entre publicações de Musk e a cotação do BTC (CoinDesk). Fonte: Semrush

O cruzamento de dados também mostrou que as publicações de Elon Musk  alimentaram o interesse das pessoas pelo Dogecoin (DOGE). Segundo o levantamento, a memecoin, que em maio de 2021 registrava um ganho de 20.000% em relação ao ano anterior, registrou uma parcela de 34% de sentimento positivo contra 13% de sentimento negativo em relação às publicações de Musk. 

Correlação entre as publicações de Musk sobre o DOGE e o sentimento do mercado. Fonte: Semrush

O Bitcoin aparece como líder mundial nos sites de busca, mas a liderança da principal criptomoeda do mercado chegou a ser quebrada em abril e maio do ano passado pelo DOGE nos Estados Unidos, turbinado pelas publicações de Musk no Twitter. O que não foi suficiente para derrubar a liderança anual do BTC em 2021, embora tenha rendido a vice colocação ao DOGE no ano passado, em número de buscas. 

Por outro lado, o segundo lugar em pesquisas varia entre os países de acordo com o levantamento. No Vaticano, por exemplo, após o BTC, a preferida é o Dash (DASH), no Japão é o Ripple (XRP) e na Guiana Francesa é o Ether (ETH), que, neste caso, é quase tão popular quanto o Bitcoin em número de pesquisas, segundo a plataforma. 

No início de março, o Cointelegraph Brasil publicou sobre o Top 100 influenciadores cripto de 2022, que apontaram as  principais tendências do futuro da indústria, uma vez que, o exemplo de Elon Musk pode ser emblemático no que diz respeito a pessoas formadoras de opinião no mercado cripto.

 

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