De acordo com um anúncio de 3 de novembro da Comissão de Serviços Financeiros da Coréia do Sul (FSC), os provedores de serviços de ativos virtuais dentro do país não serão mais capazes de lidar com quaisquer ativos digitais que apresentem um alto risco de lavagem de dinheiro. Essas atualizações foram feitas como parte das diretrizes da Lei de Pagamentos Especiais - regulamentação que cobre especificamente a legalidade das criptomoedas na Coreia do Sul. A Unidade de Inteligência Financeira criticou especificamente as “moedas obscuras”, que seriam as criptomoedas voltadas para a privacidade, por terem registros de transações que são supostamente difíceis de rastrear para o grupo. Isso pode afetar potencialmente o uso de moedas de privacidade, como o Zcash (ZEC), Monero (XMR) e Dash (DASH).

As alterações do órgão fiscalizador financeiro à Lei de Pagamento Especial devem ser aplicadas a partir de março de 2021. O projeto exige que as exchanges existentes empreguem políticas suficientes de Conheça seu Cliente (KYC) e anti-lavagem de dinheiro (AML). As exchanges também devem relatar suas operações dentro de seis meses da implementação da lei. Além de não lidar com moedas de privacidade, os provedores de serviços de ativos virtuais são obrigados a confirmar os nomes reais de seus clientes, comparando-os com dados pessoais, como números de identidade nacionais.

Muitas exchanges de criptomoedas no país já não listam moedas de privacidade devido a regulamentações internacionais existentes. Em setembro de 2019, a filial sul-coreana da exchange de criptomoedas OKEx removeu o ZEC, XMR, DASH, Horizen (ZEN) e Super Bitcoin (SBTC), citando as diretrizes estabelecidas pela Força Tarefa de Ação Financeira. A exchange de criptomoedas local Upbit anunciou no mesmo mês que deixaria de oferecer suporte para as três criptomoedas com foco em privacidade.

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