O CEO da Blockchain Exchange Alliance (BXA), sediada em Cingapura - que tem participação majoritária na principal exchange cripto sul-coreana Bithumb - revelou planos de expansão para os mercados americano e japonês. A notícia foi divulgada pelo Cointelegraph Japão em 18 de abril.

BK Kim, o dito CEO da BXA, disse ao Cointelegraph Japão em uma entrevista que a estratégia da BXA é buscar a chamada fusão reversa, adquirindo uma empresa de capital aberto que já esteja listada na Nasdaq ou na Bolsa de Nova York (NYSE).

O caminho pode ser uma maneira mais rápida de levar uma empresa pública do que uma oferta pública inicial (IPO) tradicional, observou BK Kim, acrescentando que ela também pode ajudar a reduzir as taxas de listagem - supostamente estimadas em cerca de US$ 6 milhões.

De acordo com BK Kim, a BXA já procurou aconselhamento jurídico nos Estados Unidos, onde um advogado teria dado a opinião de que a estrutura legal atual permite que a BXA seja listada usando essa estrutura de fusão reversa.

O CEO também revelou que a BXA está atualmente procurando parceiros potenciais no Japão para estabelecer uma joint venture para uma exchange cripto que seria oficialmente licenciada pelo órgão regulador do país.

BK Kim discutiu ainda os planos para aumentar prospectivamente a participação da BXA na Bithumb, adquirindo até 70% da BTC Holdings, embora tenha enfatizado que, mesmo sem as ações adicionais, a BXA já é a parte controladora da exchange.

Com relação ao próprio token da BXA, o BXA - já listado na exchange BitMax - o CEO observou que uma possível listagem do Bithab BXA exigiria uma análise detalhada dos impedimentos regulatórios e que a empresa anunciaria quaisquer novos desdobramentos sobre o assunto.

A divulgação dos planos dos EUA da BXA por BK Kim confirma o que fontes anônimas indicaram, sobre o interesse da empresa em realizar uma fusão reversa em janeiro, conforme relatado à época.

No início desta semana, a BXA recebeu US$ 200 milhões em financiamento do ST Blockchain Fund do Japão, com a intenção declarada de usar os fundos para expandir o alcance internacional da Bithumb.

A Bithumb passou por um período turbulento, sofrendo recentemente perdas de cerca de US$ 13 milhões em um corte no final de março, no que os executivos sugeriram ser uma operação privilegiada para fraudar a empresa. Foi solicitado à exchange que conduzisse uma auditoria externa para assegurar aos usuários que seus fundos estavam sendo mantidos em carteiras de armazenagem frigorífica e que as perdas afetaram apenas os ativos da exchange.

Antes disso, um grande hack em 2018 resultou na perda de cerca de US$ 17 milhões. As perdas anuais líquidas da empresa da Bithumb para esse ano totalizaram cerca de US$ 180 milhões.