Cingapura planeja isentar as criptomoedas que têm a intenção de funcionar como um meio de troca do Imposto sobre Bens e Serviços (GST, ba sigla em inglês) - o equivalente local do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
A notícia foi revelada em um esboço do guia de impostos eletrônico publicado pela Autoridade Tributária do Território de Cingapura (IRAS) em 5 de julho.
A isenção proposta, caso aceita, deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2020 e revisará o sistema atual, no qual o fornecimento de tokens de pagamento digital é tratado como uma prestação tributável de serviços.
A IRAS descreve que, até agora, as criptomoedas que funcionam - ou tencionam fazê-lo - como meio de troca foram tratadas como um comércio de troca que resulta em dois fornecimentos separados: um fornecimento tributável de token e um fornecimento de bens e serviços relevantes. .
O documento estabelece as duas alterações principais propostas para as regras de tributação no futuro da seguinte forma:
“O uso de tokens de pagamento digital como pagamento de bens ou serviços não dará origem a um fornecimento desses tokens; e (II) a troca de tokens de pagamento digital por moeda fiduciária ou outros tokens de pagamento digital será isenta do GST.”
Em seu rascunho de projeto de lei, a IRAS cita Bitcoin, Ether, Litecoin, DASH, Monero, XRP e Zcash como criptomoedas que atendem à sua definição de token de pagamento digital projetado para funcionar como um meio de troca.
A IRAS exclui, em particular, os ativos cripto atrelados a fiduciário - como certas stablecoins - de sua definição de token digital de pagamento, o que significa que eles continuarão a ser taxados pelo GST após janeiro de 2020.
Em uma seção dedicada à mineração de criptomoedas, a IRAS propõe que, na maioria dos casos, as novas regras isentem as recompensas tokenizadas geradas pela mineração, observando que:
“Geralmente, não existe um nexo suficientemente próximo entre o serviço prestado pelo minerador para as pessoas cujas transações são verificadas e os tokens minerados que o minerador recebeu do ecossistema blockchain. As partes que pagam os tokens minerados tampouco são identificáveis”.
Em contrapartida, quando “uma mineradora realiza serviços para uma parte ou partes identificáveis, em troca de uma consideração, isso constitui uma oferta tributável de serviços”, afirma o documento.
A autoridade fiscal procura obter feedback das empresas do setor cripto sobre as alterações propostas, que devem ser apresentadas antes de 26 de julho de 2019.
No final de junho, o Cointelegraph informou que o banco central de Cingapura havia tido conversas com o Facebook sobre seu token, o Libra - que, como revelado pelo white paper do token, estava atrelado a uma cesta de depósitos bancários e títulos públicos de curto prazo mantidos em reserva.