O Bitcoin (BTC) era trocado de mãos em torno de US$ 16,7 mil (+1,25%) na manhã desta segunda-feira (14) e respondia por 38,3% de dominância de mercado, cuja capitalização era de US$ 842 bilhões (+1,3%). O que se apresentava como lateralização após o crash provocado pela crise de liquidez da exchange de criptomoedas FTX na última semana também era fomentado pela evasão de BTC das exchanges, com o crescimento da concentração de Bitcoins em posse das baleias enquanto as sardinhas pareciam se refugiar em torno de projetos voltados à autocustódia de criptomoedas.   

Enquanto pequenos e grandes investidores se movimentavam, o cerco se apertava contra Sam Bankman-Fried (SBF), que está sendo monitorado em Bahamas após negar rumores de que teria tentado fugir para a Argentina. Já a SCB, a comissão de valores mobiliários do país caribenho, iniciou uma investigação de possível prática criminosa relacionada à insolvência da FTX.

Ao passo que os dados on-chain da empresa de análise Glassnode apontavam que US$ 3 bilhões em Bitcoin deixaram as exchanges em uma semana em meio a temores de contágio da FTX, o monitoramento também revelava uma possível compra do mergulho do BTC por grandes carteiras. Isso porque a Glassnode também identificou um aumento significativo no número de carteiras contendo entre 1 e 10 BTC, mais de 100 mil endereços, e as megabaleias, cerca de 130, com saldo a partir de 10.000 BTC.

Com exceção das stablecoins, as principais altcoins por capitalização de mercado se alternavam entre leves recuos, de até -0,5%, e avanços de até 2%. O que não era o caso do MATIC, trocado de mãos por US$ 0,93 (+2,8%), e do SOL, precificado em US$ 14,31 (+3,33%).

O monitoramento também apontava algumas altcoins em alta na casa de dois dígitos, entre elas o KCS, precificado em US$ 7,99 (+18%), o CVX, trocado de mãos por US$ 4,30 (+16%), o AXS, avaliado em US$ 7,27 (+14%), o MDX,  estabelecido em US$ 0,0797 (+13%), e o SXP, nivelado em US$ 0,245 (+11,8%).

Os investidores de varejo, popularmente conhecidos por sardinhas, também pareciam adotar estratégias de proteção em meio às águas turbulentas dos últimos dias. Uma delas se relacionava ao possível crescimento de projetos relacionados à autocustódia de criptomoedas, depois que a FTX interrompeu os saques, problema que se repetiu com outras exchanges após o crash. Tanto que o TWT, utility token da hot wallet Trust Wallet, voltada ao armazenamento e mobilidade de criptomoedas em diversas redes,  operava em alta de 55% ao ser negociado por US$ 2,44.

Gráfico diário do par TWT/USD. Fonte: CoinMarketCap

No último domingo, o TWT se destacou ao lado do DYDX, token da exchange descentralizada dYdX, que também registrou aumento de negociação em sua plataforma após o episódio envolvendo a FTX, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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