A Polícia Civil do Sergipe, por meio da Delegacia de Defraudações e Crimes Cibernéticos deflagrou a Operação Krypton que prendeu Maurício Henrique dos Santos, acusado de aplicar golpes por meio de uma suposta pirâmide financeira que afirmava investir em Bitcoins e criptomoedas, segundo informou o NE Notícias

Além de Santos, outras duas pessoas foram identificados como integrantes do esquema no entanto, dois ainda estão foragidos segundo a Polícia. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 17 milhões e abrange vítimas em Sergipe e outros estados, segundo a publicação.

“Eles angariavam pessoas e prometiam investimentos altamente lucrativos. A partir da aquisição desses investimentos, eles estimulavam que outras pessoas fossem convidadas a entrar no negócio. Eles convenciam as pessoas a investirem e a trazerem outros, e isso permitia que as fraudes perdurassem por muito tempo. Eles pagavam os investidores iniciais com os investimento feitos pelas pessoas seguintes, dando uma certa credibilidade para a fraude”, explicou a delegada Rosana Freitas,

Segundo as investigações este já seria o terceiro golpe dos acusados.

“Esse mesmo grupo já vinha com a abertura da terceira empresa. Eles abriam uma empresa, angariavam investidores e posteriormente fechavam a empresa, e diziam que não tinham como pagar, uma vez que houve um movimento no mercado e fez que tudo se perdesse, e abriam uma nova empresa. São três empresas, cada uma delas está no nome desses investigados”, detalhou.

A operação encontrou na residência de Maurício dinheiro – de diversos países – além de extratos bancários e um veículo de alto padrão e documentos. 

“É possível que haja mais vítimas. Identificamos um grupo de São Paulo que possivelmente foi vítima. Eles prometiam esses investimentos com rentabilidade de 30% a 60% ao mês, e recebiam esses valores que nunca foram investidos, era utilizado para aquisição de veículos de luxo. Eles se sustentavam na medida em que uns iam sendo cooptados por outros”, complementou.

A Polícia ressalta que informações e denúncias sobre os suspeitos podem ser repassadas por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo das informações e garantido. A Polícia Civil também solicita que possíveis vítimas que identificarem os suspeitos compareçam no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).

Como reportou o Cointelegraph, seis homens, foram indiciados pelo assassinato do advogado Francisco de Assis Henrique que teria sido morto por conta de uma dívida de R$ 2,5 milhões.

Entre os supostos criminosos estão dois sócios de uma suposta pirâmide financeira baseada em criptomoedas, a Valour Invest. Os sócios da Valour Invest teriam atuado como intermediários no assassinato e também são acusados de serem os mandantes do crime.