O Ministro da Justiça Sergio Moro, acredita que os suspeitos hacker que invadiram seu celular quando ele atuava como juiz no caso do ex-presidente Lula, na Lava Jato, queriam vender as informações das mensagens para o Partido dos Trabalhadores (PT), conforme publicação do jornal Valor Econômico, em 24 de julho.

Segundo a publicação, um dos presos na Operação Spoofing, Gustavo Santos, disse em depoimento à Polícia Federal que o outro preso, Walter Delgatti, teria dito que queria vender ao PT o material obtido com a invasão do celular

"A intenção do Walter era vender esse produto, essas informações para o Partido dos Trabalhadores", afirmou o advogado, segundo a publicação.

Como um dos hackers presos atuava no mercado de compra e venda de Bitcoin, o Juiz Vallisney de Souza, da décima vara criminal do Distrito Federal, solicitou que três exchanges brasileiras - Foxbit, Braziliex e Mercado Bitcoin - revelem quaisquer dados de movimentação com Bitcoin por parte dos suspeitos desde janeiro de 2018.

Em seu perfil no Twitter, Moro, buscando desacreditar as mensagens escreveu nesta quarta-feira, 24, que “pessoas com antecedentes criminais” são a “fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”. 

“Está cada vez mais claro: Moro virou político em busca de um foro privilegiado. Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você”, escreveu o diretor do The Intercept Brasil, Leandro Demori em resposta a Moro.

Como reportou o Cointelegrah, o filho do Presidente da República do Brasil, o Deputado Federal Flávio Bolsonaro (PSL-SP), acredita que até o fundador do E-Bay, Pierre Omidyar, estaria envolvido no esquema para hackear autoridades do Brasil.