A startup Gama Academy, escola especializada na capacitação profissional para o mercado digital, registrou crescimento expressivo de 170% durante 2020, e agora faz planos de incluir Blockchain e Inteligência Artificial em seu plano de ensino. A matéria é do Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
A aceleração digital na pandemia beneficiou a Gama Academy, chegando ao fim do ano com 10.000 alunos e faturamento de R$ 8 milhões. A startup oferece tanto cursos de programação, design, marketing e vendas como oferece, desde 2018, a criação de cursos e capacitação personalizados para empresas.
Entre os clientes, há nomes expressivos como a Magalu, o iFood, o Itaú e a Vtex. O fundador da empresa, Guilherme Junqueira, diz que as empresas passaram a procurar a Gama Academy por conta do bom desempenho dos funcionários capacitados, o que abriu uma oportunidade de negócios.
“Foi um movimento natural. As empresas começaram a perceber que profissionais contratados haviam estudado na Gama Academy, e decidiram encomendar seus próprios cursos. Enxergamos o setor de recursos humanos como uma frente de negócios com grande potencial”
A empresa recebeu aporte de R$ 3 milhões em rodada de financiamento liderada pela Smart Money Ventures em janeiro de 2020. Antes da pandemia, a ideia era levar os cursos para 10 cidades além de São Paulo, mas a crise sanitária mudou os planos: com o capital, os cursos passaram para um modelo híbrido, com 70% digital e 30% presencial:
“Quando fizemos a alteração, percebemos que podíamos escalar de uma maneira muito eficiente. Empresas de tecnologia, ou que estão passando por uma transformação digital, veem a Gama como uma academia de talentos”
A mudança colheu frutos: escola termina o ano com turmas de até 150 pessoas, de 22 estados brasileiros, além de clientes em outros países como Portugal, Inglaterra e Espanha.
A escola também cobra engajamento e performance dos alunos, não bastando se matricular. Segundo o fundador, os profissionais são contradados em até 120 dias depois de concluir os cursos.
Para ampliar ainda mais sua área de atuação e acompanhar as mudanças da digitalização dos mercados, blockchain e IA já estão na pauta de 2020. Guilherme Junqueira conclui:
“Para crescer, startups queimam muito dinheiro. Nós optamos por um modelo mais sustentável. Atingimos break even operacional e geramos receita. Mesmo assim, queremos acelerar os planos.”
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