Golpistas que usam supostos lucros com Bitcoin e criptomoedas prometendo rendimentos de até 30% ao mês estão usando cultos em igrejas evangélicas para angariar novos 'investidores', segundo reportagem publicada pelo portal BG em 24 de agosto.

De acordo com a reportagem os golpistas usam um discurso da 'teoria da prosperidade' e ostentando carros, jóias e outros bens, buscam convencer os fieis de que o redimento é certo e, por meio da frenquência aos cultos, procuram dar mais credibilidade ao golpe.

Diversas autoridades ligadas a igrejas evangélicas já foram denunciadas ao Ministério Público supostamente envolvidas em esquemas de enriquecimento ilícito com pirâmides financeiras.

Um vídeo do Pastor Paulo Junior, circula pelas redes sociais, condenam este tipo de prática, ainda mais sendo efetuada dentro dos locais destinados ao compartilhamento da fé. Junior também alega que as pessoas que geralmente caem nestes golpes também são movidas pela ganância e não vêem os riscos desta prática que deixa rico apenas os donos das pirâmides enquanto o povo arde com suas perdas e se mantém na pobreza.

“E a massa que tá no sopé da pirâmide,tá pobre, infeliz,enferma,condenada,não salva,debaixo da ira de Deus e nunca ouviu o evangelho de Cristo”,concluiu o pastor.

Como reportou o Cointelegraph, um líder religioso da cidade de Serra, no Espírito Santo, foi alvo de uma operação da Polícia Federal contra um esquema de investimentos fraudulentos em Bitcoin, sob suspeita de pirâmide financeira.

A empresa em questão seria a Trader Group Investimentos, que atuava desde 2017 e tinha o líder evangélico Wesley Binz como CEO e atuação também nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Moçambique. 

O Trader Group oferecia serviços de gestão de carteiras de BTC, prometendo retorno de no mínimo 20% aos investidores. Em entrevista à Gazeta Online em janeiro, Wesley dizia: "Nosso padrão de negócio é o mais avançado e bem estruturado, e servirá de modelo para o futuro".