O mega complexo de luxo chamado Cidade Matarazzo que vem sendo construído no coração da cidade de São Paulo (200 metros da Avenida Paulista) há mais de 10 anos deverá ter uma criptomoeda própria para impulsionar os negócios locais e facilitar as transações segundo revelou ao Valor, Alexandre Allard, dono do empreendimento.

"São 25 negócios dentro de um e temos planos de criar uma criptomoeda própria para o complexo, com o objetivo de facilitar as transações e a remuneração dos fornecedores.", revelou.

O projeto pode dar uma visibilidade ainda maior para o setor de criptoativos no Brasil já que o empreendimento Cidade Matarazzo promete ser um centro de consumo da alta sociedade brasileira e até mundial já que Allard diz que pretende trazer até o criador da Microsoft, Bill Gates para conhecer a cidade e o projeto.

“Quero trazer o Bill Gates aqui e outras pessoas como ele para que parem de ver o Brasil como um país de ‘terceiro mundo’”, disse.

Allard não está poupando recursos no empreendimento que já conta com a assinatura de nome celebres no mundo das artes e da arquitetura como o arquiteto francês Jean Nouvel, autor do Louvre de Abu Dhabi, que é o autor da Torre Mata Atlântica, prédio com 25 andares presente no complexo e que será sede do primeiro hotel da rede americana Rosewood na América do Sul.

Cidade Matarazzo

A história da Cidade Matarazo contudo começa em 1904 quando a Società Italiana di Beneficenza construíu o Hospital Humberto Primo, conhecido popularmente como Hospital Matarazzo, que tinha como objetivo inicial atender os imigrantes italianos e seus descendentes.

O nome Hospital Matarazzo foi adotado porque um dos principais administradores do estabelecimento era o Conde Francesco Matarazzo e foi projetado pelos arquitetos italianos Luigi Pucci e Giulio Micheli, tendo um estilo neoclássico e o ambiente dividido em alas.

Ao longo dos anos o Hospital foi passando por modificações e novas construções foram feitas como uma igreja e uma maternidade, contudo em 1993 o hospital foi a falência deixando abandonado em São Paulo um terreno com mais de 27 mil metros quadrados.

Três anos depois, o complexo foi comprado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que tinha a intenção de firmar parcerias e construir um shopping e um hotel de luxo no local.

Mas o projeto do Banco não deu certo e em 2011, o complexo foi adquirido pelo atual proprietário, o empresário francês Alexandre Allard, pelo valor de R$ 117 milhões e, dede então, o empresário vem construíndo o complexo.

De hospital à mega complexo de luxo com criptomoedas

Segundo a proposta de Allard a ideia é que a criptomoeda do complexo ajude a movimentar a economia na Cidade Matarazzo e, se depender do público que frenquentará o local, dinheiro é o que não vai faltar.

O complexo reunirá mais de 70 marcas estrangeiras e inéditas em nosso país. Isso sem contar os cerca de 30 pontos gastronômicos, idealizados por chefs requisitados em todo o Brasil.

Um dos pavilhões do espaço comercial será totalmente dedicado à cultura. Chamado de Casa da Criatividade, esse local foi projetado pelo arquiteto francês Rudy Ricciotti, o responsável pelo departamento das Artes Islâmicas no Museu do Louvre, em Paris.

Além disso, serão instaladas 69 Casas de Artesãos, com trabalhos que contemplam o artesanato típico de todas as regiões do Brasil. O centro comercial também vai abrigar o primeiro ponto de venda físico do e-commerce de luxo Farfetch.

Para se ter uma ideia do tamanho do projeto e do montante de dinheiro que pode circular no local mais de 90% das suites do hotel do complexo já foram vendidas totalizando R$ 1 bilhão de VGV (valor geral de vendas) de R$ 1 bilhão.

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