O astro do futebol mundial Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis deixaram a prisão em Assunção, no Paraguai, nesta terça-feira de noite, depois de pagarem fiança de US$ 1,6 milhão. As informações são do portal G1.
Ronaldinho e Assis estão impedidos de deixar o país e cumprirão prisão domiciliar em um hotel no centro de Assunção, capital paraguaia.
Segundo o juiz Gustavo Amarilla, os responsáveis pelo hotel assinaram uma autorização para que os brasileiros cumprissem a prisão no local. Eles devem permanecer em quartos diferentes, mas podem circular pela instalação, que teria academia e piscina.
Os dois ex-jogadores estavam presos desde 6 de março em um quartel da Polícia Nacional do Paraguai transformado em cadeia de segurança máxima.
Os dois foram detidos com documentos adulterados no mesmo dia, ao lado de outras três pessoas acusadas de fornecer os passaportes falsificados a eles. O empresário brasileiro Wilmondes Sousa estava entre eles.
O promotor Federico Delfino diz que havia um processo de naturalização aberto para Ronaldinho e Assis, correndo à revelia dos mesmos, em um esquema que envolveria um funcionário da Direção de Migração do país. A empresária Dália Lopez, que seria suspeita de crimes como lavagem de dinheiro, segue foragida.
Ronaldinho e Assis ficaram presos preventivamente para apuração do caso. A perícia nos celulares não revelou evidências de crimes, o que levou a Justiça a acatar o pedido de prisão domiciliar da defesa sob condição de pagamento de fiança de US$ 1,6 milhão.
No Brasil, Ronaldinho também é investigado por fraude com a suposta pirâmide de Bitcoin 18K Ronaldinho. A empresa começou oferecendo relógios de luxo com marketing multinível, mas pouco depois passou a ofertar "investimentos" em Bitcoin. No fim de 2019, parou de pagar seus investidores. Ronaldinho alega que deixou era apenas "embaixador" da marca e que deixou o cargo assim que soube da oferta de criptomoedas.