Após o pior mês de junho da história do Bitcoin (BTC), julho começou com outra marca negativa. No domingo, 3, a maior criptomoeda do mercado registrou seu primeiro fechamento semanal abaixo da máxima histórica de dezembro de 2017, cotado a US$ 19.315.

No entanto, as últimas sessões registraram um aumento no volume de negociação do Bitcoin no mercado à vista que remete a março de 2020 e abril de 2021. Em ambas ocasiões, o preço do BTC passou por um período de correção forte e severa.

Uma vez estancados, ambos os picos de transações deram início a períodos de acumulação que alguns meses depois converteram-se em ralis de alta rumo a novas máximas históricas. Em 2020, após pouco mais de seis meses de movimento lateral o Bitcoin iniciou um ciclo de alta que, de setembro a abril do ano seguinte, levou o preço do BTC dos US$ 10.000 aos US$ 64.854. Uma alta de mais de 520%.

Em 2021, após a grande correção de maio, o Bitcoin estabilizou-se em junho e já no final de julho reverteu a tendência de baixa rumo a um rali que atingiu o topo em novembro, com o recorde histórico de preço atual, de US$ 69.000.

Agora, aponta Diego Pohl, analista da Crypto Investidor, o Bitcoin registrou um aumento semelhante do volume de negociação que teve seu ápice em meados de junho, conforme destacado no gráfico abaixo.

Gráfico semanal com destaque para os picos de volume de março de 2020, maio de 2021 e junho de 2022. Fonte: Crypto Investidor (Trading View)

Em análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil, Pohl destaca que o crescimento do volume de negociação do Bitcoin nos últimos dias não significa que novas quedas estão descartadas, mas provavelmente o período de correções acentuadas está encerrado e o Bitcoin está pronto para entrar em fase lateral de acumulação:

"Como podemos observar no gráfico semanal do Bitcoin [acima], tivemos um aumento considerável de volume nas ultimas semanas. Este é mais um indicativo de que já foi formado um possível fundo para o Bitcoin. Porém, ainda não descartamos a possibilidade de um teste na região inferior de US$ 14.700."

Desde 18 de junho, o Bitcoin vem oscilando em uma faixa estreita de preço. Uma quebra para cima ou para baixo dessa faixa vai definir o rumo da ação de preço do BTC no curto prazo, afirma o analista da Crypto Investidor.

Gráfico diário BTC/USD com destaque para zonas de suporte e resistência atuais. Fonte: Crypto Investidor (Trading View)

Caso consiga romper a atual resistência, o próximo alvo do par BTC/USD pode estar na região de US$ 25.000, disse, Pohl, conforme destacado no gráfico acima:

"No curto prazo, o Bitcoin segue em lateralização entre o suporte dos US$ 17600 e a resistência dos US$ 21880. Caso consiga romper essa resistência dos US$ 21880, juntamente com a média de 21 períodos do gráfico diário, poderá haver uma aceleração no preço em direção aos US$ 25.000. Porém caso não consiga romper essa resistência e quebre abaixo de  US$ 17.600, terá como próximo suporte a região dos US$ 14.700."

 O preço do BTC manteve-se estável na faixa entre US$ 19.000 e US$ 20.000 nesta segunda-feira, 4. Como de costume, o feriado da Independência dos EUA provocou uma queda do volume de negociação do Bitcoin, minimizando a volatilidade do mercado. No final da tarde, o par BTC/USD está cotado a US$ 19.800, registrando uma alta intradiária de 1,6%, de acordo com dados do CoinMarketCap.

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