Empresa que fornece dados de mercado comparativos para investidores de ativos digitais, a BrokerChooser divulgou uma pesquisa que avalia o nível de segurança proporcionado ao consumidor das principais exchanges de criptomoedas de atuação global.

A Coinbase, maior plataforma de negociação de criptoativos dos EUA, ficou em primeiro lugar, seguida pela FTX US Derivatives e a Bitstamp. Exchange mais utilizada pelos usuários brasileiros, de acordo com o mais recente levantamento do Coin Trader Monitor, a Binance ocupa a 15ª colocação entre as 20 plataformas de negociação de criptoativos avaliadas pela BrokerChooser.

Segundo a empresa, o vácuo jurídico e regulatório que envolve a negociação de criptoativos em diferentes jurisdições, o levantamento visa "ajudar os investidores a encontrar o prestador de serviços financeiros mais adequado às suas necessidades e trazer clareza e transparência a este processo de escolha". A BrokerChooser ressalta também sua independência em relação às exchanges avaliadas pela pesquisa.

Critérios de avaliação

O ranking foi montado com base em quatro critérios de avaliação: adequação à regulação, nível de proteção ao consumidor, transparência e conformidade com as práticas de mercado. Cada um deste itens contém quatro sub-categorias, cuja média determina sua pontuação, sendo cinco a nota máxima e um a nota mínima.

A Coinbase ficou em primeiro lugar geral, com 4,1 pontos. De acordo com a pesquisa, a Coinbase mantém uma apólice de seguro que garante o resgate dos ativos digitais dos clientes que mantém sob custódia, além de manter saldos em dólares depositados em contas bancárias seguradas pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), à parte do patrimônio da empresa.

Duas vulnerabilidades da Coinbase apontadas pelo estudo referem-se a ataques de phishing e hacks que tiveram clientes da empresa como alvo, e ausência de restrições à negociação proprietária. Ou seja a Coinbase enquanto empresa realiza compra e venda de ativos digitais com fundos corporativos em sua própria plataforma. Tal prática rebaixou a pontuação da exchange na sub-categoria conformidade com as práticas de mercado.

Em segundo lugar está a FTX US Derivatives, que atingiu uma média de 4 pontos. Anteriormente conhecida como LedgerX, uma exchange especializada em negociação de contratos futuros e opções de criptoativos. A empresa atua em conformidade com a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA, fator que minimiza consideravelmente os riscos aos seus usuários.

A principal vulnerabilidade da FTX diz respeito à falta de transparência em relação à dinâmica e aos riscos envolvidos na negociação de produtos financeiros complexos.

Com sede bi-nacional no Reino Unido e em Luxemburgo, a Bitstamp fecha o top 3 somando 3,8 pontos. A custódia de 98% dos ativos sob sua responsabilidade em carteiras frias mantidas off-line a qualificam como uma das exchanges mais seguras para os investidores.

Além disso, a Bitstamp se destaca por sua interface simples e direta, não se envolveu em nenhum incidente regulatório nos últimos cinco anos e possui um seguro contra crimes que cobre ataques hackers e desvio de fundos.

Confira abaixo o ranking completo.

Ranking de exchanges de criptomoedas mais seguras para o usuário do varejo. Fonte: BrokerChooser

Binance

Principal exchange global em volume de negociação, a Binance não merece destaque positivo em nenhum dos itens avaliados pela pesquisa. Décima quinta colocada no ranking geral da BrokerChooser, a exchange obteve pontuação mínima no quesito transparência, ao lado de outras cinco empresas: OKX, KuCoin, Gate.io, Bybit e Phemex.

De acordo com a pesquisa, "um grande número de exchanges teve uma pontuação baixa no quesito transparência, com seis exchanges diferentes pontuando apenas 1 em 5 para esse fator. Isso significa que todos eles oferecem informações limitadas ou nenhuma informação sobre seus produtos e balanços financeiros, ou que as informações que oferecem não são confiáveis ou são muito complexas para o consumidor médio entender."

Nos demais itens, a Binance ocupa o 16º lugar na sub-categoria de adequação à regulação, à frente apenas de OKX, Huobi, KuCoin e Bybit; 14º lugar no que diz respeito à proteção do consumidor; e 9º lugar no sub-item conformidade com as práticas de mercado.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a Binance foi a plataforma utilizada em 49% das negociações de Bitcoin realizadas no Brasil em abril deste ano.

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