O novo relatório da empresa de análise de blockchain Messari mostra que para cada US$ 1 gasto na darknet - parte da internet que não respeita regulações - US$ 800 são lavados no sistema financeiro "tradicional".

Durante seu recente discurso focado em criptomoedas, o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, defendeu a idéia de que o Bitcoin "é utilizado para permitir atividades ilegais e para realizar lavagem de dinheiro".

Em uma tentativa de rebater essa noção, a Messari publicou um relatório detalhado que compara quem mais contribui para atividades criminosas, se moedas "tradicionais" ou o Bitcoin.

No relatório intitulado “Bitcoin no Grande Esquema das Coisas”, fica claro que a contribuição do BTC para atividades ilegais foi ofuscada pela mais forte das moedas "tradicionais": o dólar americano.

Através de uma análise combinada de dados da Chainalysis e da Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes, o relatório afirma:

“Para cada US$ 1 em BTC gasto na darknet, pelo menos US$ 800 são lavados.”

Embora essa revelação possa ser um choque para os gigantes financeiros tradicionais, é importante notar que o estudo da Messari considerou o volume total de BTC gasto na darknet, que é amplamente composto por transferências legítimas.

Além disso, a comparação individual também mostrou que as economias globais registraram um aumento explosivo em seu estoque de moeda estreita [M1], ou seja, dinheiro físico e ativos digitais.

A União Europeia lidera esta corrida com 870 milhões de abastecimentos, o que é atualmente 98% superior à oferta total de BTC prevista para 2020 como recompensa dos mineradores (considerando o preço do BTC em US$ 10.000).

O relatório também considerou o balanço do Federal Reserve de 2009, ano em que o BTC foi lançado, e revelou que o balanço do Fed apresentou uma taxa de emissão de 13.664%.

A maioria dos especialistas de criptomoedas espera que o governo dos EUA permita o uso de criptos dentro dos limites estabelecidos pelo governo.

Ao que tudo indica, a maior preocupação do governo americano é com a Libra - a moeda digital do Facebook. Como reportado pelo Cointelegraph, o congresso norte-americano está realizando esta semana uma série de audiências para analisar os riscos trazidos pela moeda da gigante das redes sociais.