Um novo relatório da CoinShares mostra que a China aumentou sua participação no poder computacional que suporta a rede Bitcoin. O levantamento sugere que atualmente o país asiático é responsável por quase 70% do hashrate do Bitcoin.

Hashrate é o nome dado ao poder computacional que é utilizado na rede Bitcoin para gerar os blocos e validar as transações na blockchain. Uma massa gigantesca de computadores compete para tentar receber a recompensa de 12.5 BTC gerada a cada bloco, e é isso que mantém a segurança da rede.

O relatório da CoinShares afirma que os mineradores de Bitcoin localizados na China agora controlam exatos 66% do total da taxa de hash da rede do Bitcoin.

O estudo também mostrou que a taxa total de hash da rede aumentou rapidamente em 2019. O Cointelegraph relatou várias vezes sobre as novas máximas de todos os tempos na quantidade de poder de computação que suporta a rede Bitcoin. 

Chris Bendiksen, chefe de pesquisa da CoinShares, atribui o aumento da taxa de hash ao fato de as mineradoras chinesas implantarem hardware de maior potência mais cedo do que as localizadas em outros países. 

Segundo o relatório, isso acontece por que os maiores fabricantes de hardware de mineração estão da China: Bitmain, MicroBT e Canaan.

Isso faz com que, geralmente, os novos hardwares sejam ativados primeiro no país asiático antes de serem exportados para o resto do mundo.

O relatório explica:

"Temos motivos para acreditar que a maior parte do hardware recém implantado tem sido predominantemente instalado na China. Pode haver muitas razões para isso, mas o Occam’s Razor sugere que isso é provavelmente um efeito da relação e da proximidade geográfica de fabricantes criando barreiras mais baixas ao ciclo de substituição de negócios.

Também entendemos que não é incomum para grandes mineradoras chinesas terem contas 'VIP' nos grandes fabricantes de hardware e obtendo acesso preferencial ao primeiro lotes de novos equipamentos - embora não possamos documentar isso com prova escrita."

A China é líder na mineração global de Bitcoin, mas a criação de novas unidades de mineração do ativo digital em outros países pode mudar o futuro do setor. Novas mega fazendas de mineração estão sendo planejadas nos EUA e na Rússia.

A Russian Mining Company (RMC), de propriedade do provedor de internet do país, planeja criar, como mostrou o Cointelegraph, uma vasta e nova unidade de mineração de Bitcoin na província da Carélia.

A empresa Layer1 recebeu recentemente US$50 milhões do investidor de tecnologia Peter Thiel para criar um coplexo de mineração de Bitcoin no Texas.

Como mostrou o Cointelegraph, a própria Bitmain acaba de abrir uma enorme unidade de mineração de criptomoedas no estado do Texas.