O Brasil sofreu cerca de 15 bilhões de ataques cibernéticos em 3 meses, entre março e junho de 2019, de acordo com levantamento da empresa de segurança cibernética Fortinet, publicado em 07 de agosto.
Segundo o documento, o ransonware Wannacry, que 'arrasou' o mundo em 2017 infectando mais de 230.000 sistemas em todo o planeta, pedido resgates em Bitcoin para descriptografar os arquivos, ainda afeta usuários no Brasil, indicando que sistemas nacionais não estão corrigidos ou atualizados e, portanto, altamente vulneráveis.
"A segurança cibernética passou de um elemento complementar para uma necessidade crítica para todas as empresas em seu processo de transformação digital. A questão não é mais "o que fazemos se sofrermos um ataque cibernético?", mas seria "o que fazemos quando sofremos um ataque cibernético?". Atualmente, a segurança cibernética é uma questão global e o Brasil também ocupa um lugar importante no mundo como um alvo para os criminosos cibernéticos. Vemos ameaças que aumentam em um ritmo alarmante, tanto em quantidade quanto em sofisticação", disse Frederico Tostes, Country Manager da Fortinet no Brasil:
Os resultados da pesquisa FortiGuard foram apresentados no âmbito do Fortinet CiberSecurity Summit (FSC19), evento que reuniu 1.000 especialistas em segurança de rede de diversas áreas de São Paulo para discutir os principais perigos digitais chaves da atualidade, o panorama de riscos nos próximos anos e como profissionais e empresas podem se preparar para esses novos tipos de ataques.
O relatório destacou também que malwares que utilizam scripts de mineração similar ao CoinHive, usado para "criptomineração" de Monero, foi o segundo mais detectado no Brasil durante o segundo trimestre do ano. Além disso, dispositivos de IoT continuam sob a ameaça do botnet Mirai
"A segurança cibernética é uma questão com a qual temos que lidar como prioridade. É necessário repensar a segurança de forma abrangente para estarmos melhor preparados para prevenir, detectar e responder automaticamente às ameaças", acrescentou Tostes. "
Malwares quando infectam um dispositivo podem fazer diversas ações, desde criptografar arquivos, roubar dados e até substituir endereços de envio em carteiras de Bitcoin e criptomoedas.
Como reportou o Cointelegraph, um relatório da empresa de monitoramento de segurança cibernética SonicWall elencou as principais técnicas usadas para crimes cibernéticos e destacou que o cryptojacking segue sendo uma das maiores ameaças globais, com crescimento de 9% no semestre com relação ao segundo semestre de 2018.
Segundo o relatório, que coletou dados de mais de 1 milhão de dispositivos de segurança em cerca de 200 países, diz que o avanço no preço do Bitcoin e do Monero, moedas preferidas dos invasores, sustentou também o aumento da prática de cryptojacking, que atingiu 52,7 milhões de vítimas no semestre.