O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,76 trilhões (+2,5%) na manhã desta terça-feira (3), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 95,3 mil (+0,3%) com dominância de mercado recuada a 54,5%, sentimento dos investidores em zona de ganância (78%) e diversos tokens em alta de até 200%, no caso dos mil projetos mais bem capitalizados.

A entrada de capital líquido combinada com a lateralização do BTC e a variação discreta da capitalização das stablecoins, que são tokens lastreados em moedas fiduciárias, apontavam que a realização de ganhos obtidos com o Bitcoin em novembro se convertia em negociação de altcoins, o que é conhecido como altseason (temporada das altcoins).

Outros catalisadores apontavam para esta direção. Entre elas o favorecimento do mercado de criptomoedas, associado ao risco, pela queda do Cboe Volatility Index (VIX), o índice do medo, a 13,32 pontos (-1,18%).

O avanço das altcoins na paridade com o Bitcoin também justificava os US$ 218,5 milhões de posições compradas (long) liquidadas nas últimas 24 horas ante US$ 180,05 milhões em posições vendidas (short), segundo dados da plataforma Coinglass. Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 353,67 milhões e US$ 80,70 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.  

Outro possível catalisador de entrada de capital no ecossistema cripto foram as declarações dovish (otimistas) do dirigente do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller. Em comentários feitos na última segunda-feira (2) antes do fórum de política monetária de Washington, Waller disse que, baseado em dados econômicos em mãos e nas previsões de queda da inflação a 2% no médio prazo, estava inclinado a apoiar um corte de juros na reunião do Fed em dezembro.

"Não vejo os obstáculos recentes como um sinal de que o progresso rumo à estabilidade de preços tenha se estancado por completo", acrescentou.

No grupo das principais altcoins em capitalização de mercado, o AIOZ representava US$ 1,11 (-4,1%), o KAS recuava a US$ 0,15 (-3%), o BRETT se retraía a US$ 0,19 (-2,4%), o GRT avançava a US$ 0,30 (+9,8%), o UNI atingia US$ 14,28 (+9,6%), o BTT se comparava a US$ 0,0000014 (+9%), o POPCAT se nivelava por US$ 1,26 (+8,4%) e o FIL se nivelava por US$ 7,38 (+8,2%).

As altas de dois dígitos percentuais ganhavam força. Nesse caso, o IOTA valia US$ 0,49 (+50%), o ONDO representava US$ 1,72 (+45,6%), o HBAR era trocado por US$ 0,34 (+43%), o VET representava US$ 0,067 (+42%), o RSR estava quantificado em US$ 0,016 (+78,7%), o ZIL orbitava US$ 0,034 (+31,7%), o MOODENG se transformava em US$ 0,59 (+96,8%), o AIXBT era vendido por US$ 0,29 (+67,9%) e o LKY era trocado de mãos por US$ 12,80 (+52,2%).

Entre os destaques estava o XYO, que era transacionado por US$ 0,030 (+200%) com alta acumulada semanal de 230%, US$ 211,5 milhões (+2.600%) em volume de negociações e US$ 409,7 milhões em market cap, que conferiam ao projeto a 192ª colocação no ranking.

Gráfico de 24 horas do par XYO/USD. Fonte: CoinMarketCap

A alta do XYO, token nativo da rede de infraestrutura física descentralizada (DePin), pode estar relacionada com a migração da plataforma para a rede Solana, há aproximadamente um mês, embora o token também esteja disponível em Ethereum.

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam TEMA e SENDOR na BitMart, XION na Kucoin, BULLY na Gate.io, SHIRO na LBank, ORDER na Bithumb, “0” na CoinEx, PORT e HAT na Poloniex.

No dia anterior, o TORN acumulou 460%, mas as criptomoedas operavam sem direção definida com a liquidação de touros do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.