O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,38 trilhões (-1,1%) na manhã desta segunda-feira (2), quando o Bitcoin (BTC) se convertia em trono de US$ 95,1 mil (-1,7%), dominância de mercado a 55,7%, sentimento dos investidores recuado, porém ainda em região de ganância (79%), e as altcoins em terreno misto em meio à alta acumulada semanal de 460% do Tornado Cash (TORN).

Apesar do recuo no sentimento dos investidores, dezembro se iniciava com uma interrogação, já que o volume de negociações avançava a US$ 212 bilhões (+46,3%). Por outro lado, dados da plataforma de monitoramento Coinglass apontavam para a liquidação US$ 346 milhões de posições compradas (long) ante US$ 169 milhões em posições vendidas (short), o que sinalizava controle dos ursos sobre os touros. Pelo monitoramento de quatro horas, as liquidações long nas exchanges chegavam a 96,8%.

A semana também começava com ligeiro avanço do Cboe Volatility Index (VIX), o índice do medo, a 14,08 pontos (-1,29%). Porém, não era possível dizer se a semana apresentará movimento corretivo, já que o S&P 500 e o Nasdaq, índices que se correlacionam em média 70% com o desempenho do Bitcoin, encerraram a semana anterior em respectivos 6.032,38 (+0,56%) e 19.218,17 pontos (+0,83%), impulsionados pela alta dos papéis de empresas de tecnologia.

Na mesma direção, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) avançaram em respectivos líquidos de US$ 320,01 milhões e US$ 332,92 milhões, em meio à realização parcial de ganhos dos investidores, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

Na região retrátil das principais altcoins em capitalização de mercado, o CORE recuava a US$ 1,47 (-14,8%), o POPCAT se convertia em US$ 1,17 (-12,9%), o BRETT estava avaliado em US$ 0,19 (-11,4%), o TIA era comprado por US4 4,46 (-8,6%) e o RAY se comparava a US$ 4,99 (-7,7%). Em direção contrária, o LINK orbitava US$ 20,57 (+10,2%), o FLR se nivelava por US$ 0,030 (+8,1%), o JASMY era vendido por US$ 0,030 (+7,5%) e o ALGO estava cotado a US$ 0,48 (+6,4%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o HBAR era transferido por US$ 0,24 (+27,4%), o KAIA (antigo KLAY) atraía US$ 0,29 (+28,4%), o XRP era comprado por US$ 2,35 (+22,1%), o IOTA se comprava a US$ 0,33 (+19,4%), o DASH orbitava US$ 54,03 (+37,1%), o CTC alcançava US$ 1,40 (+21,7%), o HONEY estava precificado em US$ 0,10 (+44%), o MOBILE respondia por US$ 0,0019 (+76%) com alta acumulada semanal de 180%, o XVG era liquidado por US$ 0,0090 (+30%) e o BCUT era trocado por US$ 0,12 (+47,7%).

Chamava a atenção o Tornado Cash (TORN), que alcançava US$ 19,18 (+59,5%) com alta semanal de 460%. 

Gráfico de sete dias do par TORN/USD. Fonte: CoinMarketCap

A explosão do TORN começou após a decisão de um tribunal federal de apelações, que determinou que as sanções ao Tornado Cash devem ser suspensas. Segundo a decisão, o Office of Foreign Assets Control (OFAC), do Tesouro dos EUA, que sancionou endereços associados ao mixer de criptomoedas em 8 de agosto de 2022, excedeu suas competências.

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam PORT e HAT na Poloniex, HBAR na Bitget, COK e SKIBIDI na AscendEX, GOUT na Gate.io, QUILL na Kucoin, PORT na LBank.

Na semana anterior, cinco criptomoedas desafiaram a deslistagem da Binance e subiram até 245% enquanto o Bitcoin enfrentava o marasmo dos mercados após o feriado nos Estados Unidos, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.