A Polícia Federal do Espírito Santo fez uma operação na terça-feira, 18 de fevereiro, contra dois ex-policiais suspeitos de receber propina em Bitcoin e dinheiro para ajudar na fuga do líder da Telex Free conhecido como Sann Rodrigues em 2015. A matéria é do jornal A Gazeta.

Segundo o texto, Sanderley Rodrigues Vasconcelos, o Sann Rodrigues, ex-líder da Telexfree, fugiu do Brasil em fevereiro de 2015 pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), ainda que seu nome tenha sido incluído no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos na época.

A PF cumpriu mandados em Santana de Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Florianópolis (SC). A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1.485.576,43, além de 5,15 BTCs (cerca de R$ 218.000).

Os ex-policiais envolvidos teriam agido para tirar o nome de Rodrigues da lista de procurados, permitindo sua fuga, em troca de propina em dinheiro e Bitcoin. A negociação teria sido intermediada por um advogado. Um dos policiais ainda estava na ativa na época do crime, diz o texto.

O criminoso estava proibido de sair do Brasil por envolvimento com a Ifreex, uma pirâmide registrada em paraíso fiscal. Outra pirâmide, a Telexfree, promovida por ele, deixou no Brasil um desfalque de bilhões de reais por seus crimes financeiros e cerca de 1 milhão de pessoas prejudicadas.

Sann Rodrigues é suspeito de comandar uma série de pirâmides financeiras pelo mundo, além da mais famosa, a Telexfree, que teria dado um golpe de R$ 3 bilhões. Ele foi preso ao chegar aos Estados Unidos em 2015 e hoje está em prisão domiciliar. A polícia de Massachusetts, responsável pelo caso, diz que ele pode pegar até 10 anos por fraudes com o green card, o visto de residência dos EUA.

Para o advogado dele, Sérgio Carlos de Souza, Rodrigues "não está foragido" e o processo na Justiça americana teria sido "encerrado".