Depois que o Facebook anunciou a mudança de seu nome para Meta com o objetivo de focar e unir suas plataformas em um sistema de metaverso, o termo, já conhecido dos entusiastas de criptomoedas, ganhou força e ajudou a impulsionar os criptoativos ligados a este ecossistema.
No caso do Facebook, o seu CEO, Mark Zuckerberg, quer que sua empresa se torne um player dominante no metaverso é um dos coordenadores do multiverso, que seria uma forma de interoperabilidade entre os diferentes metaversos.
“Acho que uma grande parte do nosso próximo capítulo vai contribuir para a construção disso, em parceria com muitas outras empresas, criadores e desenvolvedores. Mas você pode pensar no metaverso como uma Internet incorporada, onde, em vez de apenas visualizar o conteúdo - você está nele.
E você se sente presente com outras pessoas como se estivesse em outros lugares, tendo experiências diferentes que não poderia necessariamente fazer em um aplicativo 2D ou página da web", disse Zuckerberg.
Embora Zuckerberg não tenha declarado que a tecnologia blockchain pode ser a ponte de ligação entre os diferentes metaversos que a empresa vem imaginando, diversos especialistas pontuam que somente a tecnologia das criptomoedas poderia garantir a segurança e imutabilidade dos avatares, wearables e demais itens neste multiverso.
Um destes especialistas é Vitalik Buterin, co-criador da Ethereum (ETH), que pontua que plataformas de contratos inteligentes como o ETH podem ser a camada base do metaverso e tem muito mais potencial que a rede social de Zuckerberg que sofre de uma crise de confiança em todo o mundo.
Recentemente criptomoedas ligadas a este ecossistema como é o caso do MANA, da Decentraland, viu seu valor aumentar mais de 30%. O mesmo aconteceu com o DAR, do Mines of Dalarnia, que subiu 37% em apenas um dia. Já o SAND, do The Sandbox, subiu mais de 6.000% desde o seu lançamento.
Portanto, segundo especialistas consultados pelo Cointelegraph, com o hype em torno do termo metaverso alguns projetos de criptomoedas ligadas a este universo tem potencial de valorização no curto, médio e longo prazo. No total os analistas indicaram 12 criptomoedas que eles acreditam podem ser boas opções de compra neste momento.
Criptomoedas o metaverso que podem valorizar
Para o time de analistas da Transfero, empresa responsável pela emissão da stablecoin BRZ, o metaverso engloba hoje diferente plataformas, sendo algumas focadas em um universo aberto, como é o caso da Decentraland e outras, como o Star Atlas que tem como foco principal ser um jogo que paga seus usuários por sua interação no game, o famoso play to earn.
Portanto, para os analistas da empresa, a recomendação é uma exposição em diferentes plataformas.
"Como opções de moedas ligadas ao metaverso, temos algumas alternativas como Decentraland, Ilivium, Radio Caca, Star Atlas, Realm, Mobox, Bloktopia, Sandbox e Enjin Coin", afirma.
Já Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center da CleanSpark, embora também acredite no potencial da Decentraland, pontua que os investidores devem ficar de olho no Axie Infinity, que popularizou o modelo play to earn e ainda tem espaço para subir.
"Eu compraria MANA E AXS por serem os dois maiores metaversos em operação", afirma.
Ricardo Dantas, CO-CEO da Foxbit, também acredita na Decentraland, que, de certa forma, inaugurou o conceito de metaverso no ecossistema de criptoativos e atraiu até mesmo early adopters de Bitcoin como Dustin D. Trammell, desenvolvedor que ajudou Satoshi Nakamoto nos primórdios do Bitcoin.
"Eu recomendaria a moeda MANA, pois ela é uma das mais "antigas" desse ecossistema, muito antes do lançamento do Meta", afirma.
MetaHero e WAX
Já Lucas Schoch, CEO e fundador da Bitfy, aponta a MetaHero (HERO), criptomoeda que segundo ele custa centavos mas pode ajudar a escrever a história do metaverso e, portanto, é uma boa opção de compra para o longo prazo.
"A moeda com foco em metaverso, como a MetaHero, custa centavos e é uma boa pedida pra quem quer investir em um ativo com potencial de uso de tecnologia bem forte com instituições financeiras nos próximos 10 anos, e pode ser uma aposta a curto prazo"
Para Bernardo Brites, CEO e cofundador da Trace Finance, a WAX (WAXP) é a indicação já que o projeto está trabalhando com NFTs há muito tempo e, desta forma, é um projeto sólido que não deve trazer surpresas negativas como o Plant vs Undead (PVU) game de metaverso que viu seu token cair mais de 90% depois de anúncios desastrosos dos desenvolvedores.
"Como opção de moeda ligada ao metaverso, eu recomendo a WAX, já que é um projeto que está trabalhando em Non Fungible tokens há alguns anos e estava focado nisso ' before the hype'. Quando temos essa euforia toda é difícil de separar os projetos sólidos que são capazes de executar a visão dos que estão somente fazendo promessas mirabolantes e que talvez não existam daqui 4 anos", aponta.
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