Resumo da notícia:
PIPINN se desprende e acumula alta semanal de 235%.
Dados macroeconômicos fracos direcionam para corte de juros pelo Fed, que pode servir de catalisador para recuperação das criptomoedas ainda em dezembro.
Especialistas estão pessimistas e falam em derretimento do BTC a US$ 55 mil, apesar da reação do Bitcoin.
RSI mantém criptomoedas sob pressão de venda.
Na manhã desta terça-feira (2), o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,96 trilhões (+0,7%), enquanto o Bitcoin (BTC) ascendia a US$ 87,4 mil (+1,1%) com dominância a 58,9%, medo extremo dos investidores (16) e a maioria das altcoins no vermelho, apesar da explosão de alguns tokens.
Chamava a atenção a memecoin baseada em Solana e gerada por inteligência artificial (IA) PIPPIN, que era trocada de mãos por US$ 0,21 (+47,5%) com ascensão acumulada de 235% em sete dias.
Em linhas gerais, a alta do token parecia relacionada ao engajamento de sua comunidade, já que não havia catalisadores específicos que pudesse se correlacionar com o movimento ascendente do PIPPIN, cuja capitalização de mercado chegava a US$ 211,3 milhões (215ª posição no ranking).
PIPPIN à parte, a regra era a manutenção da alta pressão vendedora do início da semana, na esteira da divulgação de dados fracos e incertezas macroeconômicas, que mantinham o Bitcoin com retração semanal, de 1,4%.
Nos Estados Unidos, dados do Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês) apontaram recuo a 48,2 do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial. Esse sinal de fraqueza na manufatura pode ter acendido o sinal de alerta nos investidores, já que os índices S&P 500 e Nasdaq, aos quais o Bitcoin historicamente se associa, recuaram a respectivos 6.812,63 (-0,53%) e 23.275,92 pontos (-0,38%). O que também aumentou as apostas de o Federal Reserve (Fed) cortará sua taxa básica de juros este mês, favorecendo a liquidez em mercados como o de criptomoedas.
Apesar da reação do BTC e da possibilidade de corte de jurosa pelo Fed, especailistas se mantinham céticos em relação ao rei das criptomoedas e já falam em correções mais acentuadas. Entre eles estava o pseudônimo Sykodelic, observando em uma postagem no X que o índice de força relativa (RSI) e as bandas de Bollinger direcionam o BTC para um fundo de US$ 55 mil.
This is a very important chart analysis for you to understand.
— Sykodelic 🔪 (@Sykodelic_) December 2, 2025
I am seeing people talking about $35k levels next year and it's absolute rubbish.
Firstly, for Bitcoin to retrace 75% it actually has to fully expand, and this cycle, it just did not do that.
Those kinds of… pic.twitter.com/VZp5aAdjXe
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, chegava a 16,71 pontos (+2,1%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados negociação à vista (spot) de Bitcoin e de XRP registraram respectivas entradas líquidas de US$ 8,48 milhões e US$ 89,65 milhões, enquanto os ETFs spot de Ethereum (ETH) e de Solana (SOL) tiveram respectivas saídas líquidas de US$ 79,06 milhões e US$ 13,55 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava baixa a US$ 123,21 bilhões (-1,9%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 265,16 bilhões (+15,9%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas orbitava a US$ 356 milhões (-28,5%). Nesse caso, os touros estavam em desvantagem pela liquidação de quase US$ 568 milhões em posições compradas (longs) ante US$ 129,6 milhões em liquidações de posições vendidas (shorts).
A 38,37 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das apontava manutenção de forte pressão de venda. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como PAXG (stablecoin do ouro), PIPPIN, BCH, FARTCOIN, TRX, MYX, ZEREBRO, COMP, ZRO, OG, FOLKS, SUPER, SKY, ANIME, LIGHT, QNT, BAND, JST, HEI, AVAAI, GRIFFAIN, VELVET, SIREN. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como ZEC, LDO, TAO, DASH, SAHARA, DYDX, APE, GALA, BIO, CFX, PYTH, AIA, MANA, AT, YFI, YGG, ZIL, QTUM, A2Z, HEMI, OBOL, ZRC.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava localizado em 24 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o CC recuava a US$ 0,075 (-11%), o AB era trocado por US$ 0,0051 (-10,7%), o ZEC se convertia em US$ 333,65 (-8,5%), o ZMR era negociado por US$ 387,93 (-5,5%), o DASH valia US$ 46,85 (-4,8%), o SKY ascendia a US$ 0,054 (+7%), o SPX era trocado por US$ 0,64 (+7,1%) e o PUIMP saltava a US$ 0,0028 (+6,7%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, que se encontravam em menor número, o MON orbitava US$ 0,031 (+32,7%), o CTM estava precificado em US$ 0,10 (+18,9%), o B estava precificado em US$ 0,17 (+14,3%), o BAND se convertia em US$ 0,45 (+13,8%), o SUPER representava US$ 0,25 (+11,9%) e o FOLKS era trocado de mãos por US$ 13,43 (+11,8%).
Entre as novas listagens estavam RLS na Binance Futuros, Phemex e Bybit Futuros, EUL na Bitvavo, PANTHER na MEX, TAO na Bitkub, MCN, NKN e HOT na Biconomy, BSU na Kraken, AT na Bitrue, WA na P2B.
No dia anterior, dezembro começou com ‘pulo de gato morto’ do Bitcoin e sobrevenda de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.