Resumo da notícia:

  • Recuo de início de mês do BTC é normal, diz Michaël van de Poppe.

  • Crash de 10 de outubro ainda provaca dor, mas US$ 100 permanece em jogo, diz especialista.

  • Investidores pode estar avaliando risco, observa Ted Pillows.

O pulo de gato morto do Bitcoin (BTC) nesta segunda-feira (1º), apesar do pessimismo, pode não invalidar a chance de recuperação de US$ 100 mil no curto prazo, segundo especialistas.

No X, Michaël van de Poppe disse que o movimento de mercado é típico do BTC. Segundo ele, “logo no início do mês, os algoritmos são ativados e o preço cai. A liquidez está significativamente baixa. Por quê? Porque muitos formadores de mercado sofreram grandes perdas em 10/10”.

O especialista se referiu ao crash de 10 de outubro, quando US$ 20 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que imporia 100% de tarifa alfandegária à China, o que não aconteceu.

Nada mudou na ação do preço do #Bitcoin . Ele foi rejeitado em uma resistência crucial. A consolidação e a acumulação continuam. Ainda acho que veremos um novo teste dessa resistência nas próximas 1-2 semanas e, em seguida, uma ruptura para US$ 100 mil, acrescentou.

Ted Pillows sugeriu que o movimento corretivo do Bitcoin pode estar relacionado a uma reavaliação de risco dos traders, já que, na contramão da queda do BTC, “o rendimento dos títulos japoneses de 2 anos ultrapassou 1%, aumentando a probabilidade de o Banco do Japão finalmente começar a apertar a política monetária após anos de política extremamente frouxa. Isso é uma má notícia para operações de carry trade”, que é a estratégia de negociação sobre a diferença de taxa de diferentes países.

Com o aumento dos custos de financiamento, o risco global precisa ser reavaliado. Ativos de alta volatilidade, como o BTC, são normalmente os primeiros a reagir. O movimento ocorreu no pior momento possível: domingo à noite, por volta da meia-noite, o período de menor liquidez da semana, acrescentou o especialista.

Pillows destacou que os traders, em geral, estão recolhindos em suas posições, já que os livros de ordens na exchanges “estão vazios, os formadores de mercado operam com baixo volume e não há fluxo de ETFs [fundos negociados em bolsa] americanos”.

Um único gatilho macroeconômico impulsionou o Bitcoin diretamente para além dos níveis de suporte. Ordens de stop foram acionadas, posições alavancadas foram forçadas a serem liquidadas e liquidações se espalharam pelo livro de ordens. Isso parece uma pura reavaliação do risco. Enquanto isso, os contratos futuros de ouro e prata estão em alta, emendou.

Em outras publicações, ele demonstrou ceticismo ao destacar a saída de US$ 120,7 bilhões em 24 horas em “Dumpcember” (descarte em dezembro) e alertar que o Bitcoin corre o risco de revisitar as mínimas de novembro, em torno de US$ 81 mil.

Na seara otimista, a exchange brasileira Coinext salientou na última semana que o possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) tende a ser um ponto de inflexão para as criptmoedas em dezembro. A se confirmar essa projeção, segundo a análise, cinco criptomoedas têm chances de alta ainda este mês, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.