O governo do Paraguai assinou no último dia 18, em parceria com empresas privadas, um acordo de cooperação para rastrear via blockchain a procedência da carne produzida no País, conforme publicado pelo Cointelegraph em Espanhol nesta última segunda-feira, 25 de março.

O acordo foi anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável paraguaio. O uso da blockchain deve melhorar a competitividade da indústria e incorporar demandas socioambientais de mercados consumidores em todo o mundo.

O programa piloto, segundo site do Ministério, irá identificar animais individualmente para monitoramento do ciclo de produção até oferta do produto ao consumidor final.  

A adoção da blockchain e das criptomoedas têm ganhado fôlego na América Latina. Em fevereiro, a Argentina e o Paraguai comercializaram pela primeira vez defensivos agrícolas com pagamento em Bitcoins. Para o negócio, os países utilizaram a plataforma da Bitex.

Nesta semana, o governo da Argentina concordou em coinvestir em projetos apoiados pela Binance Labs localmente. A exchange de criptomoedas Binance recentemente escolheu Buenos Aires como hub da América Latina para a próxima temporada do programa de incubação da Binance Labs.

Ao todo, a administração argentina irá financiar até 10 projetos blockchain ao ano com investimentos de até US$ 50 mil em cada iniciativa.

No Brasil, a Receita Federal se prepara para adotar a blockchain na base do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) com o objetivo de facilitar o compartilhamento de dados e identificar potenciais fraudes com menor custo e mais transparência. A Receita já utiliza blockchain para o Cadastro de Pessoa Física (CPF) desde 2018.

Ainda este mês, a IBM anunciou em entrevista exclusiva ao Cointelegraph Brasil que o Bradesco pode emitir sua stablecoin baseada na blockchain World Wire ainda neste ano. A emissão, no entanto, depende da aprovação regulatória do Banco Central brasileiro.