A stablecoin do Bradesco, baseada na rede World Wire da IBM, pode chegar ao mercado ainda neste ano. A emissão, no entanto, depende de aprovação regulatória. A afirmação foi feita pelo CTO de Blockchain da IBM Brasil, Carlos Henrique Duarte, em entrevista ao Cointelegraph nesta quarta-feira, 20 de março.
Segundo Duarte, a rede blockchain da IBM realiza testes com o Bradesco desde 2018 e, atualmente, passa por implementações, novos testes e aguarda o andamento de questões regulatórias junto ao Banco Central.
Para o especialista da IBM, a adesão de um grande player bancário nacional mostra que o Brasil está na vanguarda da inovação e que há interesse de mercado por soluções funcionais e reais.
“Ter esse tipo de solução no Brasil é um passo que vai além da inovação. É a gente parar de falar de blockchain e começar a fazer blockchain.”
Conforme informado pelo Cointelegraph, a IBM fez o anúncio da Blockchain World Wire nesta semana em Singapura, durante o Money 20/20.
Em comunicado, a empresa afirma que a solução foi “projetada para otimizar e acelerar os serviços de câmbio e remessa de pagamentos internacionais”. Acrescentando:
“O World Wire é a primeira rede de blockchain a integrar serviços de mensagens e confirmações de pagamento, compensação e liquidação de ativos em uma única rede, além de possibilitar que os participantes escolham, de forma dinâmica, a oferta que melhor atenda sua necessidade para liquidação de ativos entre uma variedade de serviços digitais.”
A stablecoin do Bradesco será lastreada em real e, segundo Duarte, irá possibilitar a liquidação em segundos de transações interbancárias do banco.