Um novo golpe com pirâmide financeira e criptomoedas fez vítimas no Brasil. Com promessa de lucros de 20% ao mês, um casal do Rio de Janeiro, responsável pela empresa F3 Tech, desapareceu com os recursos e economias de quase 200 pessoas.

Os representantes da empresa, Frederick Silva e Thainá Holanda Sodré Silva, afirmavam que o lucro era fruto das negociações com criptomoedas.

Em entrevista ao Cointelegraph, um investidor que não quis se identificar afirmou que a F3 Tech se apresentava como uma startup dedicada a empreendedores negros e moradores de comunidades cariocas. "A galera fez pela identidade. Essa identidade com a comunidade envolveu muitas pessoas", explica.

Em um grupo no WhatsApp, mais de 177 pessoas até esta terça-feira, 7 de maio, se identificavam como vítimas do golpe.

Todos os dias o grupo recebe novos membros que relatam ter realizados depósitos para a startup, mas que não receberam os lucros prometidos, tampouco tiveram seus fundos restituídos.

Segundo a mesma fonte, entre as vítimas há pessoas que alocaram na startup saldos do FGTS e economias de toda uma vida em busca da rentabilidade prometida pelo casal. Os relatos variam entre R$ 100 mil e R$ 300,00.

Como é comum neste tipo de fraude, os primeiros saques foram realizados com sucesso pelo investidores, mas desde dezembro usuários da F3 Tech registram dificuldades em resgatar seus recursos.

Os boletins de ocorrência estão sendo registrados na Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão de Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

Como publicado pelo Cointelegraph, o italiano Stefano Cionini, diretor para a América do Sul do Bolton Holding Group, responsável por negociar uma parceria com o Santos Futebol Clube para a reforma do estádio da Vila Belmiro, foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de integrar um esquema de pirâmide financeira no Brasil. O retorno prometido era de 220% ao ano com um investimento também anual de US$ 299 através da empresa Mister Colibri.