Um tribunal superior da Nigéria concedeu supostamente à Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC) do país a autorização para prender seis indivíduos supostamente envolvidos em fraude de investimentos em uma exchange de criptomoedas.
Segundo uma reportagem publicada em 24 de abril pelo portal nigeriano The Cable, o Tribunal Federal de Abuja aprovou a prisão e a detenção de seis pessoas que promoveram a Crypto Bridge Exchange (CBEX), acusadas de fraudar investidores em 1 bilhão de nairas, cerca de US$ 620.000. No momento da publicação, os suspeitos ainda não haviam sido presos.
“[Os réus usaram] sua empresa, ST Technologies International Limited, para promover outra empresa, a Crypto Bridge Exchange, fazendo anúncios e atraindo membros do público para investir em criptomoedas na plataforma de investimentos da CBEX”, teria dito a EFCC em sua moção para o pedido de prisão.
O caso jurídico representa mais um episódio da repressão da Nigéria contra representantes de exchanges de criptomoedas no país. Em fevereiro de 2024, autoridades nigerianas detiveram e prenderam dois executivos da Binance que estavam no país para discutir as atividades da exchange.
Em abril, muitos usuários da CBEX começaram a relatar que não conseguiam sacar seus fundos da plataforma, o que gerou indignação online e culminou em violência no mundo real. Um grupo de investidores invadiu o escritório local da CBEX em Ibadan, saqueando itens como o aparelho de ar-condicionado em uma aparente tentativa de recuperar parte das perdas.
O caso contra a Binance continua em andamento
O processo da Nigéria contra a Binance, no qual um cidadão norte-americano, Tigran Gambaryan, foi detido e cuja saúde teria se deteriorado enquanto aguardava na prisão, gerou críticas de muitos membros da indústria cripto e de legisladores dos EUA. Ele ficou detido por oito meses sob acusações de evasão fiscal e lavagem de dinheiro antes de ser liberado sob custódia dos Estados Unidos.
O caso de evasão fiscal da Nigéria contra a Binance continua avançando após a libertação de Gambaryan, embora a exchange não tenha escritório no país. O Cointelegraph entrou em contato com um representante do Ministério da Informação da Nigéria para comentar, mas não obteve resposta até o momento da publicação.