A Vórtx QR Tokenizadora junto com o Itaú BBA anunciaram, nesta terça, 19, a listagem de um novo token na plataforma da Vórtx QR, o token da Pravaler referente a debêntures (ações) tokenizadas emitidas pela empresa no valor total de R$ 60 milhões, representados por 60 mil tokens de R$ 1 mil, cada.

Segundo as empresas, o lançamento do novo token marca a primeira vez na história do mercado de capitais brasileiro em que uma empresa de educação tem debêntures tokenizadas.

A Vórtx QR Tokenizadora, que opera sob a chancela da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no ambiente do sandbox regulatório, é a responsável pela operação, que tem o Itaú BBA também como coordenador.

“Todos os agentes envolvidos nesta operação possuem a inovação em seu core e se conectam pelo propósito de disruptar de maneira descomplicada seus respectivos mercados de atuação. Este é mais um passo no movimento de trazer o futuro para o presente do mercado financeiro”, afirma Juliano Cornacchia, CEO da Vórtx QR Tokenizadora.

Esta é a terceira emissão da empresa tokenizadora dentro do sandbox. No total a empresa já emitiu este ano 74 mil debêntures tokenizadas da Salinas Participações, também com coordenação do Itaú BBA, no volume de R$ 74 milhões, e 8 mil cotas do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) QR Rispar Crédito Cripto, lançado pela QR Asset, em uma operação de R$ 8 milhões.

“A plataforma da Vórtx QR Tokenizadora possui autorização da CVM para contar com  12 emissores, sendo que cada um pode fazer mais de uma emissão.  A emissão da Pravaler, acrescenta o terceiro emissor ativo na plataforma, deixando espaço para mais 9 emissores participarem dessa revolução na forma de acessar o mercado de capitais”, explica Thiago Schober, Head de Novos Negócios da Vórtx QR Tokenziadora.

Itaú e tokenização

Recentemente o Banco Itaú anunciou o lançamento de seu setor de Digital Assets que terá como foco clientes de varejo e com pretensões de construir uma ampla plataforma de tokenização.

Michel Cury, superintendente de mesas e produtos do Itaú Unibanco, destacou que a instituição quer liderar o mercado de tokenização no Brasil e por isso é fundamental iniciar sua plataforma neste momento

"Queremos liderar esse mercado pois acreditamos em sua importância para todo o ecossistema financeiro", disse.

Já Vanessa Fernandes, Global Head da Itaú Digital Assets declarou, em uma coletiva de imprensa, que o banco começou a desenvolver seus estudos há mais de 1 ano e, já emitiu um primeiro token lastreado em um fluxo de recebíveis do banco (conhecido como risco sacado). Este token teve venda restrita para funcionários do banco e clientes selecionados do Private Bank.

O teste que usou o HyperLedger Besu foi bem sucedido e todos os tokens foram vendidos, com o banco arrecadando nesta venda cerca de R$ 300 mil. Os tokens serão recomprados pelo Itaú em 35 dias. 

"Este foi o primeiro teste que fizemos. Agora vamos conectar nossos produtos de tokenização com as demais plataformas do Itaú e então vamos lançar novos produtos no setor. Tokenizar ativos será parte do portfólio do Itaú em busca de democratizar ativos para o varejo e que antes eram restritos a investidores de atacado", apontou Vanessa.

LEIA MAIS