Não é só no desenvolvimento de blockchain que as mulheres, infelizmente, tem uma participação menor que a dos homens, até mesmo no acesso a internet, por diversos fatores as mulheres acabam sendo excluídas, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) revelados recentemente.

Embora o Brasil tenham desenvolvedoras fantásticas como Solange Gueiros e especialistas em blockchain como Rosine Kadamani, co-fundadora da Blockchain Academy, Ingrid Bath, fundador da Linker ou Amanda Batistine, editora chefe do CriptoFácil, o número de mulheres envolvidas com blockchain e criptomoedas ainda é menor que o de homens no Brasil.

"Como mulher, tenho consciência das desigualdades e procuro abrir caminhos para as mulheres no Blockchain. Indiretamente, isso reflete no acesso a internet também", destacou Gueiros ao Cointelegraph.

No caso do acesso a internet, de acordo com os dados, do estudo intitulado “Measuring digital development: Facts and figures 2019”, 52% do total da população mundial de mulheres não utiliza a internet. O número é cerca de 10% maior que o de homens.

Somente na Europa há uma situação de mais igualdade no acesso às redes conectadas, entretanto, na África, Ásia e países Árabes a diferença com relação a quem 'pode' usar a internet não só é grande como tem aumentado.

"Excluir as mulheres da internet é uma nova forma de opressão, o futuro nos diz que o dinheiro, assim como os equipamentos serão conectados e cada vez mais interligados. Privar uma mulher de acessar estes serviços é não permitir que ela exerça sua liberdade e seu 'status' enquanto ser humano igual a todos os outros. É deprimente ver que falamos em descentralização e novas formas de organização social mas acabamos por reproduzir hábitos da idade média", disse a entusiasta de Bitcoin e criptomoedas, Silvia Regina Barbi.

Segundo dados da UIT aproximadamente 2,16 bilhões de mulheres em todo o mundo ainda não têm acesso a internet sendo que cerca de 97% da população mundial residem em áreas nas quais chega o sinal da telefonia móvel celular e 93% têm cobertura de uma rede 3G ou superior. No total seriam cerca de 3 bilhões de pessoas sem acesso a internet.

"Ajudar a conectar estas pessoas com o poder das tecnologias digitais deve ser uma das prioridades mais urgentes", destacou Doreen Bogdan-Martin, diretora da oficina de desenvolvimento das telecomunicações na UIT.

Como noticiou o Cointelegraph, no caso de IoT a Claro anunciou recentemente que irá habilitar sua rede voltada para Internet das Coisas em 2500 municípios do Brasil.

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