O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,86 trilhões (+0,9%) na manhã desta segunda-feira (8), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 111,8 mil (+0,5%) com 57,6% de dominância, neutralidade dos investidores (42%) e a maioria das altcoins em alta, de até 240%.
A entrada de capital líquido e o consequente aumento na pressão compradora sucediam a divulgação de dados fracos do payroll dos Estados Unidos na última sexta-feira (5), já que o relatório do Departamento do Trabalho relatou a criação de 22 mil postos de trabalho não agrícolas em agosto ante 75 mil esperados pelos analistas.
Apesar de os dados reforçarem a expectativa de corte de juros este mês pelo Federal Reserve (Fed), já que o mercado de trabalho fraco, em tese, diminui os riscos de inflação, o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerraram o último pregão da semana passada com retração, respectivamente em 6.481,50 (-0,32%) e 21.700,39 pontos (-0,034%).
A desconfiança de parte dos investidores pode resvalar no mercado de criptomoedas ao longo da semana com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) referente a agosto nos EUA. Em caso de retração ou dados moderados, há chances de um rali pelo otimismo em relação ao Fed. Por o outro lado, o eventual avanço de preços, como reflexo dos repasses aos consumidores das tarifas alfandegárias impostas pelo presidente Donald Trump a outros países, pode ser compreendido como estagflação e provocar correção nos preços do Bitcoin e das principais altcoins.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, mantinha-se baixo, a 15,47 pontos (+1,1%). Apesar disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH) fecharam a última sexta-feira com saída de capital líquido, US$ 160,18 milhões e US$ 446,71 milhões respectivamente, segundo dados da SoSoValue. Em contrapartida, as 34 maiores tesourarias de Bitcoin não mineradoras acumulavam 4.429,17 BTC nos últimos sete dias, chegando a um estoque equivalente a US$ 94,97 bilhões.
O monitoramento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas mostrava alta a US$ 205,7 bilhões (+2,4%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 198,6 bilhões (+29%) no volume de negociações. Já a liquidação de traders alavancados de criptomoedas girava em torno de US$ 2227,3 milhões (+82,2%) nas últimas 24 horas. Nesse caso, os ursos estavam em desvantagem porque o volume de posições vendidas (shorts) era de US$ 151,5 milhões, enquanto as posições compradas (longs) giravam em torno de US$ 77 milhões.
Pequenas e grandes carteiras de criptomoedas se mostravam foram às compras, de acordo com o que apontava o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas da Coinglass, a 57,5 pontos. O mapa de calor ainda destacava diversos tokens fora dessa região, nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como DOGE, WLD, PENGU, FORM, SAPIEN, NAORIS, SLERF, SOMI, SOL TAO, RESOLV, BABY. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como AAVE, WLFI, ETH, LTC, TON, B, NEIROETH, BAKE, HIFI, AIOT, BAN, DOLO, MERL, ALPINE, TAG, JST, FIS.
Entre os destaques estava a explosão do MYX, negociado por US$ 6,28 (+240%) com um acumulado semanal de 440%. O que coincidia com especulações de novas listagens do token da exchanges descentralizada (DEX) de derivativos MYX Finance.
O que também favorecia o movimento ascendente dos tokens era a alta a 52 pontos do índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, em sinal de rotação de capital. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o WLFI derretia a US$ 0,20 (-10,9%), o M se retraía a US$ 1,73 (-7,9%), o SKY valia US$ 0,069 (-4,1%), o FARTCOIN avançava a US$ 0,79 (+7,7%), o HYPE era trocado por US$ 50,62 (+7,3%) e o BONK estav cotado a US$ 0,000022 (+7,3%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o WLD era transacionado por US$ 1,20 (+17,4%), o PENGU se referenciava por US$ 0,032 (+12,6%), o SPX chegava a US$ 1,31 (+11,9%), o SOMI se equiparava a US$ 1,77 (+59,7%) com acumulado semanal de 158%, o ZBCN representava US$ 0,0042 (+11,3%), o ULTIMA era trocado por US$ 7.146,69 (+25,5%), o WMTX respondia por US$ 0,24 (+17,5%) e o SPK representava US$ 0,067 (+12,2%).
Entre as novas listagens estavam DMCC na MEXC, TRADOOR na Poloniex, OPEN na Phemex, AIG na P2B, JOBLESS na BitMart e LBank, NOICE e KTA na Coibase, OPEN e MIRROR na Kraken, SHARD na Gate.io, Bybit e BitMart, USD1 na CoinEx.
Na semana anterior, a volatilidade rondava o Bitcoin em dia de compra de criptomoedas e airdrop de 10.000.000 OPEN, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.