O evento NFT.NYC ocorreu entre os dias 12 e 14 de abril, em Nova York, e reuniu os principais desenvolvimentos do setor de tokens não-fungíveis (NFT). A brasileira Rai Auad, educadora e criadora de conteúdo voltado à Web3, esteve presente no evento e contou ao Cointelegraph Brasil quais foram, ao seu ver, as principais atrações do evento.

NFTs de música e UX em foco

Auad conta que o NFT.NYC incluiu diferentes tipos de projetos, como jogos play to earn, apostas envolvendo preços de NFTs e ferramentas de gestão de clientes para Web3. “Eram oito palcos para apresentações, e ocorreram cerca de 240 palestras por dia. As palestras individuais duravam de 10 a 15 minutos, e os painéis duravam de 25 a 45 minutos”, conta. Ela avalia que, pelo formato do evento, as palestras individuais foram, no geral, superficiais.

Quanto aos assuntos abordados, Auad destaca dois principais temas: NFTs destinados à indústria da música e experiência do usuário (UX, na sigla em inglês). A educadora conta que os painéis envolvendo o uso de tokens não-fungíveis na indústria da música inclui também os artistas, que deram sua visão de como a blockchain pode impactá-los. “Além de falarem sobre o tema, os artistas também fizeram apresentações, o que foi muito legal.”

O segundo tema é uma velha dor da Web3 e do mercado de criptomoedas no geral, que é tornar o uso mais simples para novos usuários, melhorando a experiência. Auad afirma que, mesmo nos painéis onde a UX não era o assunto principal, o diálogo ia em direção a como melhorar esse aspecto da Web3.

“É importante ver que as pessoas estão cientes dessa dor, e construindo soluções para permitir que as pessoas não precisem saber tanto sobre Web3 para ter uma experiência nesse ecossistema”, avalia.

Brasil alinhado com o mundo

Algo que também chamou a atenção de Rai Auad durante sua ida ao NFT.NYC foi o alinhamento de ideias entre o que é discutido sobre Web3 no Brasil e no restante do mundo. “Isso mostra que o Brasil está conectado com as tendências e com o desenvolvimento do mercado como um todo. Fiquei surpresa, porque fui em muitos eventos no Brasil e gostei muito de saber que a gente está por dentro do assunto quando o tema é Web3.”

A educadora acredita que sua presença no evento foi enriquecedora, e mostrou a importância dos diálogos dentro da Web3. 

“Vi que estamos trilhando um caminho que é promissor, é algo em que eu acredito muito, e cada vez mais essa colaboração e essas trocas de ideias são fundamentais para o desenvolvimento da Web3. [...] Foi muito importante estar nesse evento, para ver que a gente, no Brasil, está trilhando o caminho certo.”

Auad conclui afirmando que “o contato e troca de ideias com pessoas incríveis” foi muito positivo para seu crescimento pessoal, e retornará ao Brasil “cheia de ideias” e com vontade de construir coisas novas na Web3.

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