A Enegix Global anunciou nesta terça, 10, a ampliação de suas atividades na América Latina através da inauguração de um novo data center no Brasil. Fundada em 2017, a empresa utilizará energia limpa para manter a atividade de equipamentos de mineração de criptomoedas como o Bitcoin.
Com capacidade para gerar até 80MW de energia elétrica, a fazenda de mineração da companhia oferece serviços de hospedagem de equipamentos para terceiros. O desenvolvimento do data center é dividido em duas etapas, com uma capacidade energética inicial de 25MW, prevista para novembro de 2024.
O lançamento faz parte do projeto de expansão da empresa na América Latina, que recentemente inaugurou um escritório em São Paulo (SP). Cerca de 96% da matriz energética do projeto é proveniente do gás natural ilhado, uma fonte de energia limpa.
O termo "gás natural ilhado" refere-se ao gás natural que está localizado em áreas onde não há infraestrutura disponível para transportá-lo de maneira eficiente até os mercados consumidores. Em outras palavras, é o gás que, apesar de estar disponível em uma região, não pode ser comercializado ou utilizado em larga escala por falta de gasodutos, plantas de liquefação, estradas ou portos que permitam seu escoamento para outras regiões.
“Além de ser considerado um dos maiores mercados em adoção cripto do mundo, o Brasil possui condições ideais para atrair também a indústria de mineração digital. Com fontes de energia limpa, como gás natural ilhado e hidrelétricas, o país favorece a promoção da sustentabilidade no setor ao mesmo tempo que apresenta condições favoráveis de custo operacional e de geração de energia elétrica”, afirma Yerbolsyn Sarsenov, CEO da Enegix Global.
A Enegix Global pretende ampliar sua capacidade de gerenciamento de energia em mais de 36% com a finalização do data center em construção no Brasil. Atualmente, a empresa gerencia mais de 220MW.
Mineração de Bitcoin
BitFuFu, uma empresa de mineração em nuvem afiliada à Bitmain, divulgou um relatório financeiro e operacional não auditado sobre seus resultados do segundo trimestre de 2024, que terminou em 30 de junho.
Os resultados revelam um aumento significativo no custo de mineração de Bitcoin em meio aos desafios e ao crescimento que a empresa experimentou nos últimos 12 meses. Entre as estatísticas relatadas pela BitFuFu em seu relatório do segundo trimestre, a mudança mais dramática foi o custo médio necessário para minerar cada BTC, que disparou para US$ 51.887.
O aumento acentuado do preço pode ser observado quando comparado aos US$ 19.344 por BTC minerado no mesmo período de 2023, e pode ser atribuído aos custos mais altos de eletricidade e operação.
A alta também pode ser atribuída ao evento de halving do BTC em abril de 2024, já que a dificuldade da mineração aumentou, enquanto as recompensas em BTC foram reduzidas em 50%. Embora os custos de mineração de BTC da empresa tenham aumentado significativamente, a BitFuFu expandiu a escala de suas operações de mineração.
Com o aumento para 24,7 exahashes por segundo (EH/s), a empresa de mineração de BTC aumentou a capacidade de suas operações em mais de 60% em meio ao aumento dos custos relacionados à mineração.
A empresa de mineração de BTC também relatou um aumento de quase 70% na receita total, alcançando US$ 129,4 milhões no segundo trimestre de 2024, em comparação com US$ 76,3 milhões no mesmo período de 2023. O crescimento da receita pode ser atribuído à expansão dos serviços de mineração em nuvem da empresa, que geraram US$ 77 milhões durante o período de relatório.