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Lucas CaramLucas Caram

Cartel de drogas internacional usou Tether para enganar autoridades dos EUA

Membro de cartel de cocaína também pagou 10.000 USDT em passaporte falso.

Cartel de drogas internacional usou Tether para enganar autoridades dos EUA
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Um cartel internacional de drogas no México teria usado a stablecoin Tether (USDT) para enganar as autoridades dos Estados Unidos, segundo o Departamento de Justiça (DoJ) do país norte-americano.

Segundo o portal CoinGeek, documentos publicados pelo DoJ revelaram acusações de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros crimes contra seis pessoas, que fariam parte do cartel internacional com atuação nos EUA, México, China, Belize e Guatemala.

O grupo usava Tether para lavar o dinheiro da venda de cocaína e outras drogas ilegais e ludibriar as autoridades.

Os documentos ainda revelam que a rede criminosa foi desarticulada através de agentes infiltrados, que se passaram por autoridades corruptas.

Em junho de 2020, um dos acusados, Tao Liu, teria pago a um agente da divisão anti-drogas dos EUA cerca de US$ 10.000 para conseguir um passaporte falso, em quatro transações de USDT.

Entre os investigados, há residentes nos EUA, Belize, Hong Kong e México, agora formalmente acusados de lavar o dinheiro da importação e distribuição de cocaína nos EUA, além de enfrentarem acusações fraude, corrupção de autoridade pública e conspiração.

O documento do DoJ diz que as autoridades tentam agora descobrir o paradeiro de US$ 30 milhões do cartel internacional, que "representam os rendimentos que os réus obtiveram no curso das conspirações de drogas e propriedades envolvidas na conspiração de lavagem de dinheiro”.

Além de usar Tether, as acusações também revelam o uso intensivo do sistema bancário para lavar dinheiro. A rede criminosa teria usado dois dos maiores bancos do mundo para seus crimes, o Banco Comercial da China e o Banco da Agricultura da China.

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