Um cartel internacional de drogas no México teria usado a stablecoin Tether (USDT) para enganar as autoridades dos Estados Unidos, segundo o Departamento de Justiça (DoJ) do país norte-americano.
Segundo o portal CoinGeek, documentos publicados pelo DoJ revelaram acusações de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros crimes contra seis pessoas, que fariam parte do cartel internacional com atuação nos EUA, México, China, Belize e Guatemala.
O grupo usava Tether para lavar o dinheiro da venda de cocaína e outras drogas ilegais e ludibriar as autoridades.
Os documentos ainda revelam que a rede criminosa foi desarticulada através de agentes infiltrados, que se passaram por autoridades corruptas.
Em junho de 2020, um dos acusados, Tao Liu, teria pago a um agente da divisão anti-drogas dos EUA cerca de US$ 10.000 para conseguir um passaporte falso, em quatro transações de USDT.
Entre os investigados, há residentes nos EUA, Belize, Hong Kong e México, agora formalmente acusados de lavar o dinheiro da importação e distribuição de cocaína nos EUA, além de enfrentarem acusações fraude, corrupção de autoridade pública e conspiração.
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O documento do DoJ diz que as autoridades tentam agora descobrir o paradeiro de US$ 30 milhões do cartel internacional, que "representam os rendimentos que os réus obtiveram no curso das conspirações de drogas e propriedades envolvidas na conspiração de lavagem de dinheiro”.
Além de usar Tether, as acusações também revelam o uso intensivo do sistema bancário para lavar dinheiro. A rede criminosa teria usado dois dos maiores bancos do mundo para seus crimes, o Banco Comercial da China e o Banco da Agricultura da China.
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